COMPARTILHE
Os moradores de Niterói tem mais uma preocupação com o trânsito, além dos congestionamentos recorrente nos caminhos da cidade: o número de acidentes tem aumentado, sistematicamente, a cada mês. Em agosto, foram 200 acidentes, entre colisões, tombos de moto e atropelamentos, três vezes mais que os 72 casos de agosto do ano passado.
As colisões aparecem com destaque na estatística da NitTrans: foram 116, 85 com vítimas. Mas chama a atenção, mais uma vez, o número de atropelamentos: 36, sendo 27 com vítimas. Uma pessoa morreu.
O número de acidentes de trânsito em Niterói aumentou 314% em 2022. De acordo com os dados do Nittrans, plataforma de dados do governo municipal, foram registrados 1.838 acidentes entre janeiro e agosto deste ano, isto é, cerca de sete por dia, ou um a cada 3 horas e 20 minutos. Em 2021, por exemplo, foram 585 ocorrências: aproximadamente três por dia, ou uma a cada 9 horas.
A Seguir: E o campeão de roubos e furtos é… o celular! Niterói registra crimes a cada 8 horas
A explosão de casos é puxada principalmente pelas colisões, que representam mais da metade dos acidentes: 984. Também foram registrados 288 tombamentos e 281 atropelamentos entre janeiro e agosto.
Apesar da taxa elevada de acidentes, a maioria das vítimas saiu sem quaisquer lesões do veículo. Esse grupo corresponde a 664 pessoas. Outros 435 cidadãos tiveram lesões leves, enquanto 119 deram entrada em hospitais com lesões graves. Ao mesmo tempo, foram registradas 8 mortes por acidentes de trânsito neste ano, ou seja, uma por mês.
Os homens são maioria entre os acidentados: 526. As mulheres, por sua vez, representam 180 das vítimas. Ainda de acordo com o levantamento, pessoas que têm entre 21 e 40 anos se envolveram em mais acidentes durante o intervalo pesquisado. Este grupo etário representa 266 ocorrências.
Ainda que os acidentes de trânsito tenham crescido em 313%, o número de fatalidades foi reduzido pela metade. A Prefeitura de Niterói contabilizou 16 mortes decorrentes de acidentes de trânsito em 2021, contra oito em 2022.
A primeira fatalidade deste ano foi registrada em 10 de janeiro, no bairro de Itaipu, e envolveu um motociclista. Em fevereiro, mais duas mortes foram confirmadas, uma no dia 12, em Badú, novamente uma moto, e a outra no dia 17, em Piratininga.
Em março, mais dois motociclistas morreram: no dia 12, em Várzea das Moças; e no dia 16, em Baldeador. Pedestres morreram atropelados no centro nos meses de abril e maio. Em agosto, um motorista veio a óbito no bairro Santa Bárbara.
A maior parte dos acidentes envolve os automóveis – são 1.243. Motocicletas, no entanto, também costumam aparecer com frequência nas rodovias, com 1.086 ocorrências. As bicicletas, com 64 registros, além dos ônibus, com 62, também merecem mais atenção.
O bairro mais perigoso para trafegar é o centro, onde ocorreram 182 acidentes entre janeiro e agosto. Outro ponto onde há bastante acidente é em Icaraí: 165 incidentes foram registrados no mesmo período. Fonseca, na Zona Norte, e Piratininga, na região oceânica, registraram 141 e 129 casos, respectivamente.
COMPARTILHE