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Um desfile correto que deve garantir a permanência da agremiação na Série Ouro do Carnaval do Rio de Janeiro. Assim foi a Acadêmicos de Niterói, ex-Sossego, que se apresentou na sexta-feira (17), primeiro dos dois dias de desfiles do principal grupo de acesso à elite das escolas de samba.
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A Niterói entrou no Sambódromo quase às 3h de segunda-feira. Antes, a Unidos de Padre Miguel havia empolgado o público que, no começo, recebeu de forma um pouco fria a escola seguinte. Aos poucos, a Acadêmicos começou a conquistar a plateia.
Com o enredo “O Carnaval da Vitória”, a agremiação exaltou Niterói e seus antigos carnavais. O ponto de partida foi a tradicional barca que liga o município ao Rio de Janeiro. A comissão de frente veio com fantasias que remetiam ao movimento das águas da Baía de Guanabara.
O samba fazia um convite para que foliões viessem para o “lado de cá” para conhecer o Carnaval da Cidade Sorriso. Quem atravessava a barca era recepcionado por um enorme Arariboia no alto do carro abre-alas intitulado “Orgulho do meu lugar, sob o olhar de Araribóia”
Ao contrário de todas as outras escolas de samba do Rio de Janeiro, a Acadêmicos de Niterói desfilou com um rei à frente da bateria. O posto foi ocupado pelo maquiador cearense Juarez Souza.
O papel de musa da agremiação coube a Marcela Porto, a caminhoneira conhecida como Mulher Abacaxi. Ela desfilou com seios à mostra.
A segunda alegoria, que mostrava um enorme Diabo segurando um tridente provocou um “buraco” no desfile da escola. Um dos braços da escultura ia bater na torre dos fotógrafos e o carro teve que sofrer uma manobra que o obrigou a parar no meio do desfile, prejudicando a evolução da agremiação.
De uma maneira geral, os carros da escola estavam com alegorias muito grandes.
O encerramento ficou por conta do carro “O Esplendor Destino em nossos corações”, uma homenagem às escolas de samba de Niterói.
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