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As filas enormes que se repetiram em diversas zonas eleitorais na eleição de domingo levaram à prorrogação do horário de votação até às 20h30, em Niterói. Tudo levava a crer que eleitores votaram massa na cidade e em boa parte do país, teoria que foi levantada pelo próprio Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ). Mas, computados todos os números da eleição, esse suposto comparecimento não aconteceu. Na verdade, a abstenção no município foi a maior desde 1998.
De acordo com levantamento feito pelo A Seguir, a cidade registrou 78.326 abstenções no primeiro turno, o que representa 19,30% dos 405.415 eleitores aptos para votar. Apesar do alto índice de ausências, o resultado ainda é menor se comparado ao estado do Rio (22,7%) e Brasil (20,9%).
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Por outro lado, o número fica muito acima das últimas seis eleições presidenciais do país. Em 2018, por exemplo, 17,75% do eleitorado niteroiense – 68.300 pessoas – não foram às urnas eletrônicas. Foi registrado, portanto, um acréscimo de 1,55% de abstenção entre um pleito e outro.
Neste contexto, o menor índice de isenção em Niterói foi nas eleições de 2006, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin, naquela altura, foram para o segundo turno. Há 14 anos, a abstenção foi de 9,9%, ou de 30.080 eleitores.
Os dados de 1998 em diante constam no TSE e são referentes apenas ao primeiro turno das eleições. Não há estatísticas por município nos pleitos anteriores a 1998.
Como se sabe, o voto é obrigatório no Brasil para qualquer cidadão que tenha entre 18 e 70 anos. Nesse sentido, há uma série de consequências para o eleitor que não compareceu às seções eleitorais.
Enquanto a pendência não for regularizada para com a Justiça Eleitoral, o eleitor não poderá, conforme o Código Eleitoral:
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