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O pior mês de toda a pandemia: 177 moradores de Niterói morreram em abril. Nenhum outro mês teve tantas perdas, nem nos picos da doença na primeira onda em maio e junho, nem na segunda, em novembro e dezembro do ano passado. Os dados são dos boletins diários da Prefeitura e já descontam mortes de moradores de outras cidades ocorridas aqui. O resultado representa 18,6% de todas as perdas registradas em mais de um ano de pandemia, concentrados em apenas 30 dias.
Embora a “nota” de Niterói tenha melhorado no monitoramento da Covid e a cidade tenha saído do estágio de Atenção Máxima Laranja, os números de casos e mortes continuam altos: foram 717 novos casos e 48 mortes, na Semana Epidemiológica 17, o segundo pior resultado de toda a série histórica.
De acordo com o último boletim da Prefeitura, divulgado neste sábado (1 de maio), Niterói soma 34.371 casos confirmados e 1.126 mortes por Covid. A conta da Secretaria Estadual de Saúde é diferente, já computa 1.505 mortes na cidade. O Secretaria de Saúde de Niterói Rodrigo Oliveira justifica a diferença pelo descarte das mortes de moradores de cidades vizinhas ocorridas em hospitais de Niterói. Segundo ele, os hospitais da cidade chegam a ter 40% dos internados de cidades vizinhas.
Niterói voltou ao estágio Amarelo 2, neste fim de semana, depois do período de emergência, em que reforçou as medidas de isolamento. O indicador-síntese da tabela de classificação de risco fechou em 9,0 no relatório de 29 de abril. O resultado pode ter sido impactado pela menor notificação de casos e mortes em função dos feriados da ultima semana de abril.
Os boletins da Prefeitura apontavam no dia 31 de março, a ocorrência de 31.244 casos da doença, ao longo de toda a pandemia, e 945 mortes em Niterói. Rapidamente, a cidade passou dos mil casos. Na sexta-feira, 30, fechamento do mês, o documento da Prefeitura apontava 34.258 casos e 1.118 mortes. Em 30 dias, foram 3.014 casos e 177 mortes. Nenhum mês registrou tantas mortes a série estatística por data de notificação.
No relatório divulgado na sexta-feira (30) pelo sindicato dos hospitais particulares, a ocupação dos leitos caiu para 43% e a das UTIs reservadas para doentes de Covid também melhorou e está em 65%. No início de abril, pior momento deste píco da doença, os números eram 84% e 92% respectivamente. Na rede do SUS, os dados são da Secretaria Estadual de Saúde e permanecem estáveis: a ocupação dos leitos é de 68% e das UTIs de 77%
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