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A prefeitura de Niterói ampliou o horário de atuação das equipes responsáveis por abordagens às pessoas em situação de rua. Agora, além da chamada zeladoria urbana, realizada durante o dia, assistentes sociais passaram a fazer o trabalho também à noite.
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O objetivo é oferecer acolhimento e abrigo contra o frio. De acordo com a prefeitura, nas últimas duas semanas, as equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social e Economia Solidária realizaram 600 atendimentos nas ruas da cidade, sendo que 100 pessoas aceitaram pernoitar nos abrigos municipais.
Em tempo de campanha eleitoral, o tema tende a mobilizar moradores e candidatos. As queixas dos niteroienses contra o aumento da população em situação de rua, na cidade, vem aumentando nos últimos anos. No ano passado, a prefeitura intensificou as ações de abordagem a essas pessoas tendo como meta leva-las para os abrigos. Mas não apenas isso.
A prefeitura informa que faz parte da zeladoria urbana dar acesso à população de rua a várias políticas públicas, como serviços de atendimento técnico, orientações, encaminhamentos para 2° via de documentação, atualização de Cadùnico, atendimento médico e encaminhamento daqueles que aceitam o retorno ao convívio familiar.
O próprio Executivo reconhece que houve aumento da população em situação de rua em Niterói. No início deste ano, um relatório elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde e pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Economia Solidária, com dados de inscritos no CadÚnico, em Niterói, estimou em 27,6% o aumento da população em situação de rua nos últimos dois anos, no município.
Apesar de números indicarem que Niterói bateu recorde de emprego em 2024, atingindo o melhor resultado do município em 10 anos, o relatório apontou o desemprego como a principal causa para o aumento da população de rua (44%). Questões familiares foram o motivo alegado por 41,8% dessas pessoas que estão nas ruas da cidade. Alcoolismo e drogas aparecem em 17% dos casos.
A prefeitura informa que o serviço especializado em abordagem social acontece 24h, todos os dias da semana, com duas equipes em cada turno. A abordagem especializada noturna tem sido feita no Centro, nas zonas Sul e Norte e na Região Oceânica. Também de acordo com a prefeitura, as ações da abordagem social “não são realizadas de forma compulsórias ou que ferem a dignidade humana”.
Durante a abordagem social, os agentes oferecem serviços socioassistenciais, como atendimentos dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps); odontológicos; e de equipes de redução de danos, com trabalho junto a usuários de álcool, crack e outras drogas.
As equipes responsáveis pelo trabalho são compostas por técnicos, assistentes sociais, psicólogos e educadores sociais .
Atualmente, segundo a prefeitura de Niterói, a rede municipal de atendimento conta com o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop), dez Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), dois Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e cinco unidades de acolhimento (abrigos).
Além dos dormitórios, os abrigos da cidade oferecem quatro refeições diárias (café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar), acompanhamento psicossocial, encaminhamento para rede de serviços e recambiamento.
O Centro Pop é a porta de entrada para o atendimento à população em estado de vulnerabilidade social. De lá, as pessoas são encaminhadas para as unidades de acolhimento, onde recebem atendimento de assistentes sociais, psicólogos e orientação jurídica, encaminhamento para serviços de saúde, trabalho e renda e documentação civil.Além disso, são oferecidos cursos profissionalizantes. A prefeitura informou que, em julho passado, 15 acolhidos se formaram no curso de barbeiro.
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