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O governo do estado do Rio ainda não conseguiu se entender sobre a contaminação dos rios que abastecem o sistema Imunana-Laranjal, paralisado pela presença de tolueno na água, um produto altamente tóxico. Apesar de dar o problema por resolvido na quinta-feira, a informação é que ainda se trabalha para conter o vazamento e a água ainda apresenta índices elevados de contaminação.
Nesta sexta-feira, o governador Cláudio Castro se reuniu com a força-tarefa montada para “definir medidas que viabilizem a retomada da produção de água no Sistema Imunana-Laranjal.” O texto estabelece que “foi estabelecido um plano de ação para conter o derramamento do composto químico nos rios Rio Guapiaçu, em Guapimirim, que abastecem parte da Região Metropolitana. ”
O secretário do Ambiente, Bernardo Rossi, disse que a mobilização envolve as secretarias de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, da Polícia Civil, da Polícia Militar, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Cedae, a Petrobras e as concessionárias Águas do Brasil e Águas do Rio.
Foi definido que Inea, Cedae e Petrobras vão ceder maquinário para realizar a sucção do poluente que está contaminando a água dos rios. A Petrobras e a Transpetro se comprometeram a disponibilizar equipamentos como barreiras de contenção, recolhedores de oleofílico e vertedouro e mantas absorventes. A Cedae já instalou barreira num canal onde foi constatada a contaminação, o que reduziu o índice de tolueno na água. Técnicos avaliaram que será necessário fechar o acesso de um outro canal onde também há indício de derramamento do produto.
A reunião terminou, porém, sem que o estado pudesse informar onde exatamente aconteceu o vazamento? Qual era a empresa que operava com o tolueno, em qual município? Se há outras fontes de contminação? O texto também não informa sobra as últimas medições efetuadas nos rios. Na quarta-feira, a presença do tolueno era de 59 microgramas por litro. Ontem, teriam sido 32 mg/l. Hoje, foram coletadas amostras a cada hora, mas os resultados não foram publicados.
A Cedae e a concessionária Águas de Niterói mantém a posição de que não há ainda condição, nem previsão, para a retomada do abastecimento de água. O problema afeta Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, e Maricá.
Carros-pipa oferecem água por mais de R$ 1 mil. Foto: Governo RJ
Sem melhores notícias para dar, a página do governo do estado informa que o Procon-RJ iniciou monitoramento de demanda e oferta nos estabelecimentos para verificar se está ocorrendo prática abusiva com aumento injustificado do preço nos mercados e nos carros-pipa. Moradores de Niterói reportaram a cobrança de R$ 1 mil por carro-pipa, cinco vezes acima do valor usual.
“O Procon-RJ alerta que em situações emergenciais, o acesso à água potável pode ser comprometido. É importante que os consumidores estejam atentos ao adquirir água mineral e contratar serviços de carro pipa, verificando sempre a procedência. A embalagem de água mineral deve estar intacta, lacrada, sem amassados, furos ou outros danos, e conter o selo da Anvisa. As empresas que comercializam água potável por carro-pipa precisam seguir rigorosos padrões de qualidade, higiene e segurança, segundo legislação sanitária, para evitar contaminação.”
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