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A dois dias do segundo turno, são poucos os eleitores indecisos em Niterói

Por Livia Figueiredo
| aseguirniteroi@gmail.com

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A Seguir foi às ruas para conversar com os cabos eleitorais de ambos os candidatos e sentir o clima da cidade
campanha praia de icaraí
Cabos eleitorais passam horas acenando bandeiras e reclamam que o eleitor perdeu a paciência com a campanha e já decidiu em quem voltar

Enquanto no primeiro turno das eleições para prefeito de Niterói ainda cabiam dúvidas no eleitor, nesse segundo turno, parece que a situação é bem diferente.

De acordo com a última pesquisa Gerp, que apontou 61% dos votos para Rodrigo Neves, contra 39% para Jordy, apenas 4% dos eleitores se declaram indecisos. Outros 5% revelam que vão votar em branco ou nulo.

Leia mais: Às vésperas da eleição, pesquisa aponta vitória de Rodrigo Neves (PDT)

Campanha do Rodrigo Neves na rua Paulo Gustavo, em Icaraí. Foto: Livia Figueiredo

Com propostas, planos de governo e ideologias completamente díspares de Rodrigo Neves e Carlos Jordy, a população parece está bem menos indecisa sobre quem irá votar neste domingo (27).

Foi o que constatou o A Seguir nesta sexta-feira (25) em consulta com os cabos eleitorais de ambos os candidatos, o relato era quase unânime: a paciência pode variar de pessoa para pessoa, mas a escolha do voto já está bem consolidada.

Fomos em quatro dos pontos principais de campanha de Icaraí: rua Paulo Gustavo, rua Miguel de Frias, Gavião Peixoto e Praia de Icaraí. O resultado você confere abaixo:

Ao A Seguir, Yasmim Verlaine não poupou sinceridade:

– As pessoas não está aguentando mais, estão de saco cheio. Eu fico aqui direto no ponto da rua Paulo Gustavo (próximo a Lopes de Trovão) e tem muita rejeição de panfleto. No primeiro turno, as pessoas ainda procuravam se informar mais, se interessavam. As pessoas estão muito estressadas, ficam discutindo entre si. Dão fora na gente – desabafou Yasmim.

“As pessoas não está aguentando mais”, disse Yasmim Verlaine. Foto: Livia Figueiredo

Tanto Yasmim quanto Luana da Silva, que fazia campanha para o candidato concorrente, compartilhavam da mesma opinião. O clima de impaciência e falta de interesse são os que predominam nas ruas de Icaraí, principalmente nos pontos onde as campanhas são mais fortes.

Em Icaraí, Yasmim afirma que acredita que há um trabalho maior da candidatura de Jordy. Já no Centro e no Fonseca, para Rodrigo Neves. É uma impressão. No primeiro turno, Rodrigo Neves venceu com folga em todos os bairros da cidade.

– Em Icaraí, vemos muito idoso falando que vai votar 22. Quanto mais cabelo branco, mais certo que essa pessoa vai votar no Jordy.

Mas não engana quem pensa que não há também uma fatia significativa da população que optou pelo nulo.

– Ontem mesmo uma pessoa chegou e falou para mim: “Vou votar nulo. Não quero mais saber de política não!” Pessoas assim já chegaram no seu limite – completou Yasmim.

Luana diz que com a proximidade da eleição, já não tem mais muita gente indecisa.

Uma pessoa que preferiu não se identificar falou do movimento:

– Poucas são as pessoas que pegam panfleto nessa altura do campeonato. Poucas se engajam porque já sabem. A decisão já está feita. Hoje nas barcas, na Praça Arariboia, no Centro, o movimento de campanha era quase nulo. Já no horário do fim do expediente, a partir das 17h, é nítido que fica bem mais cheio de cabo eleitoral. Aquilo transborda umas 18h, 18h30 – completou.

Se na Paulo Gustavo havia tanto campanha para Rodrigo e Jordy, na Praia de Icaraí era predominante a campanha de Jordy. Bandeiras estampadas de 22 formavam uma grande fileira no calçadão da praia perto a pracinha e à Reitoria da UFF. O candidato tem contado com o apoio de cabos eleitorais de São Gonçalo para engrossar a fila de bandeiras.

Uma dessas pessoas, inclusive, torcia para a chuva adiantar tamanho era o entusiasmo: “Tomara que antecipe para 15h esse temporal! Enquanto sacudia a bandeira para lá e para cá num calor de 37º que fazia suar até na sombra.

Yago da Silva disse que a movimentação na praia é grande e que ainda há uma boa recepção das pessoas: “Meus colegas que estão panfletando contam que os eleitores ainda param e dão atenção. Ainda perguntam, comentam e debatem”.

Muito próximo dali, na rua Miguel de Frias, o movimento era quase nulo. No momento da reportagem havia apenas duas pessoas da campanha de Jordy e nenhuma do Rodrigo para contar história.

Na rua Gavião Peixoto, Laura Pimentel afirma que geralmente os idosos são os que mais “dão corda” para conversa. Mas nem sempre o assunto fica só na política.

– Os idosos são os que mais param para conversar com a gente. Sinto que, de forma geral, a maioria da população já fez sua escolha.

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