15 de novembro

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Silvia Fonseca

Silvia Fonseca é jornalista e trabalhou por 30 anos no jornal O GLOBO, onde foi Editora Executiva. Tem pós em Gestão de Redação, tem uma consultoria em soluções de mídia e é sócia fundadora do A Seguir: Niterói. Nasceu em Minas, mas mora em Niterói há 32 anos.
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Um dia que afetará as eleições de 2022

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O ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves discursa em encontro do PDT: partido pode ser decisivo na PEC dos Precatórios

A terça-feira 9 de novembro poderá ser lembrada até o fim de 2022. Pelo impacto que deve ter nas eleições presidenciais e na disputa pelo governo do Estado do Rio.

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, já suspendeu liminarmente o chamado Orçamento Secreto e decidirá sobre a legalidade da votação da PEC dos Precatórios, aprovada em primeiro turno na Câmara por somente quatro votos além do necessário.

Ao suspender o Orçamento Secreto, e caso o plenário do STF chancele essa decisão na terça, Weber desarticula a estratégia do Presidente Bolsonaro com o Centrão de continuar a abrir os cofres públicos para a eleição de 22, tendo como operador o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Para a Ministra, as chamadas emendas de relator usadas no Orçamento Secreto permitem a execução de gastos sem deixar digitais.

Weber também aguarda resposta de Lira sobre a votação da PEC dos Precatórios, que teria tido irregularidades como a de autorizar votação remota até para deputado que estava no exterior.

Sem o Orçamento Secreto, Lira dificilmente conseguiria fazer aprovar a PEC por 312 votos, como ocorreu semana passada. E sem a PEC o governo terá de arranjar dinheiro em outro lugar para pagar o Auxílio Brasil de R$ 400 no ano eleitoral.

Não bastasse o peso dessas duas decisões para as eleições de 22, há ainda um outro: pré-candidato a Presidente, o ex-ministro Ciro Gomes retirou provisoriamente sua candidatura porque o PDT dele deu 15 votos a favor da PEC de Bolsonaro. Agora o PDT trabalha contra o tempo para “virar” esses votos na sessão prevista para a terça e derrotar a articulação Bolsonaro-Centrão na votação.

Brasília estará de olho no PDT na Câmara. O ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves, pré-candidato do partido ao governo do Estado, também.

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