O Rio de Janeiro não conquistou medalha na etapa Sudeste da 4ª Edição da Copa Cerveja Brasil. O estado que brilhou no evento foi o Espírito Santo.
Recebeu a medalha de ouro Best of Show, como a melhor cerveja de todas as categorias, a Amburana Dream Lager, da cervejaria LBS, de Linhares (ES). A cerveja é resultado de um blend com uma Dark Lager curtida dois anos em um barril de amburana.
As medalhas de prata e bronze Best of Show ficaram com criações da cervejaria Marés, de Americana, no interior de São Paulo. Foram, respectivamente, os rótulos American Pilsner Tripulante e a Catharina Sour Carranca Goiaba e Framboesa.
A cervejaria Três Santas, de Santa Teresa, também do Espírito Santo, foi um dos destaques da premiação. Levou, ao todo, 13 medalhas: 5 de ouro, 6 de prata e 2 de bronze. Na edição do ano passado, já tinha levado medalha como melhor brewpub da região.
O resultado da etapa Sudeste foi divulgado no último dia 7 de junho, em evento em São Paulo. Não foi informado o número de amostras recebidas. Veja todos os vencedores aqui.
A Copa Cerveja Brasil é realizada pela Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva). Após a premiação de todas as regiões do país, acontece uma final que reúne os vencedores regionais cuja data ainda não foi marcada. A próxima etapa regional, dedicada aos estados do Nordeste, será realizada em julho, na Bahia. Além da etapa sudeste, já saiu o resultado da etapa Centro-Oeste.
Overhop
Uma das marcas queridinhas dos consumidores de cerveja artesanal, na cidade do Rio de Janeiro, a Overhop fechou o seu brewpub, em Botafogo. Desde outubro do ano passado, circula rumores que isso ia acontecer, apesar das negativas de um dos seus sócios, Rodrigo Baruffaldi. Agora, quem passar pelo local vai encontrar o aviso de “passo o ponto”.
Trajetória da marca
A origem da Overhop está na produção de cervejas em casa, em 2013, e o sucesso das receitas que fez o hobby virar negócio. Rodrigo chamou para sócio o irmão Flávio e o amigo-irmão Rodrigo Barroso. Começaram como ciganos, como várias marcas cariocas. O ano era 2016 e, segundo uma revista especializada em negócios, o investimento inicial dos sócios foi de R$ 110 mil.
Fazer cervejas bem lupuladas e “diferentes” para atrair um público mais jovem, foi o foco inicial que motivou a criação da OverHop. Três meses depois do lançamento, a Overhop participou do Mondial de La Bière. Rótulos da então nova marca ganharam medalhas no concurso do evento e explodiram nos holofotes do “mercado”.
Um ano depois, já tinha faturado R$1,4 milhão, segundo a mesma revista de negócios. Naquele 2017, a Overhop se tornou sócia da Mistura Clássica, cervejaria de Volta Redonda (RJ) que, à época, se reposicionava com a construção de uma fábrica em Angra dos Reis (RJ). Essa parceria durou até 2018. Três anos depois, a Mistura Clássica foi comprada pela Nossa Fábrica, de Guapimirim.
Também em 2017 foi criada a Overhop Canadá, com sócios brasileiros, que ainda segue no mercado de lá.
O ano é 2019 e ninguém poderia imaginar que uma pandemia estava chegando. Naquela época, a Overhop estudava caminhos que passavam pela possibilidade de expandir produzindo como cigano, em diferentes estados, e /ou desenvolver um projeto de franquias de brewpubs. Optaram por montar um brewpub, mas não chegaram a desenvolver franquias.
Em 2023, a marca não participou pela primeira vez do Mondial de là Bierre, o que aumentou os rumores de que as coisas não estavam indo muito bem por lá.
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