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Andrea Ladislau

Andrea Ladislau é graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Tem especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para apoio emocional a pessoas do Brasil inteiro.
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Recebi um diagnóstico de câncer e agora?

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O diagnóstico de câncer não é uma sentença. Importante seguir todas as recomendações

Receber esse diagnóstico de forma equilibrada, não é fácil. Aceitar e saber lidar com o medo, a insegurança em relação ao tratamento, a angústia diante de um futuro incerto, entre outras questões importantes neste momento tão delicado, sem dúvida alguma é um grande desafio. O acolhimento da família, amigos, parentes, pessoas próximas, uma verdadeira rede de apoio presente é fundamental para que o paciente não se isole e não venha a desenvolver doenças graves como a depressão.

No entanto, não devemos esquecer que muitos tipos de câncer podem ser evitados, pois em torno de 60% a 80% dos diagnósticos se devem a causas externas, como: excesso de alimentos processados, excesso de ingestão de álcool, tabagismo, escassez de atividades físicas que leva ao sedentarismo nocivo, entre outros. Porém, se o diagnóstico de câncer chegar, podemos dar algumas dicas para que o cuidado e o olhar para este paciente possa ser o mais humanizado possível.

Um dos pontos mais importantes é buscar ficar mais próximo desse indivíduo. Tentar mostrar que não precisamos de grandes momentos para estarmos juntos, temos que aproveitar cada minuto e admirar as coisas simples da vida. Incentivar o paciente a fazer o que gosta, buscando assim, tornar a vida mais leve. Valorizando os pequenos e grandes prazeres. Encontrar um propósito de vida, um foco para canalizar suas energias e esperanças, também é um dos motivos de sucesso aliados aos tratamentos oncológicos.

Ajudar o paciente a entender e redefinir o que realmente é fundamental e quais as pessoas ele deseja que estejam por perto. É a nova reformulação de seus valores e objetivos da caminhada que está se iniciando. Reavaliar o estilo de vida, optar por hábitos mais saudáveis e realizar alguma atividade física é fundamental.

Temos que levar em consideração que, a nova rotina de exames excessivos, as constantes visitas médicas, já trazem a esse paciente uma atmosfera de exaustão, cansaço e a sensação de que ele pode não dar conta, alimentando ainda mais sua sensação de medo e insegurança com o que está por vir.

Quando o paciente compreende que sua cura também depende muito de sua cabeça e de seu estado de espírito, da sua resiliência e postura em relação ao enfrentamento da doença, ele já sai na frente em ganho de melhoria de vida, qualidade e absorção de todos os benefícios que o tratamento possa lhe oferecer, independente, do tipo de câncer a ser enfrentado. É muito importante manter o pensamento positivo e acreditar que a cura é possível.

Ficar lamentando não vai mudar absolutamente nada. A situação está ali, definida. Necessário buscar alternativas e forças para enfrentar, junto com o desejo de viver da melhor forma: bem e agora.

Enfim, não perca tempo e procure viver um dia de cada vez. Os cuidados com a saúde são essenciais. O diagnóstico não é uma sentença. Importante seguir todas as recomendações médicas, realizar os exames indicados, tomar as medicações e buscar hábitos de vida mais saudáveis. O equilíbrio mental também é fundamental, pois nossa mente é também grande responsável pela nossa cura e pelo nosso bem-estar.

Se nos mantivermos otimistas e procurar alimentar sentimentos positivos, bem como através de atividades prazerosas, estimular a produção de hormônios do bem, como: a dopamina, seratonina e oxitocina, sem dúvidas as expectativas de vida serão as melhores possíveis. Afinal, quanto mais equilibrados mentalmente estivermos, mas essa junção hormonal facilitará o aumento da imunidade e, consequentemente, aumento da autoestima e do ânimo de viver. Não se entregar a tristeza, ao isolamento e a depressão fará com que o diagnóstico recebido seja encarado como um grande desafio de uma guerra a ser vencida.

Dra. Andréa Ladislau / Psicanalista

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