26 de dezembro

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Andrea Ladislau

Andrea Ladislau é graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Tem especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para apoio emocional a pessoas do Brasil inteiro.
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Pessoas de “pavio curto” podem sofrer de Transtorno Explosivo Intermitente

Quem sofre com aTEI é incapaz de gerenciar a raiva.
Quem sofre com a TEI é incapaz de gerenciar a raiva.

Nos últimos tempos, temos vistos muitos relatos e situações que associam o comportamento humano a ataques de fúria.

Momentos de ira e explosão, nem sempre com justificativa plausível, que assustam e podem levar a consequências irreversíveis.

A estes ataques chamamos de Transtorno Explosivo Intermitente ou Síndrome de Hulk, o personagem dos quadrinhos que ficava verde de raiva ao ser contrariado ou provocado. E, certamente, você conhece alguém assim, tido como “Pavio Curto”.

Mas como esse transtorno se manifesta? O TEI – Transtorno Explosivo Intermitente é uma condição psicológica que consiste em constantes explosões de raiva e comportamentos agressivos/ impulsivos.

 

Indivíduos com essa condição não conseguem controlar seus impulsos violentos e descontam sua frustração em objetos ou em outras pessoas. Tem como principal característica os impulsos agressivos fora de proporção com o evento desencadeante.

 

Em muitas situações se torna um transtorno incapacitante que afeta pacientes, familiares e pessoas próximas, pois a pessoa com o TEI tem pouca ou nenhuma capacidade de controlar impulsos de raiva.

 

A fúria pode aparecer em situações que são comuns para algumas pessoas. No entanto, a raiva pode ser tão intensa que a pessoa pode simplesmente perder a noção da realidade e falar e fazer coisas que não condiz com a realidade, gerando grandes transtornos nas relações. Daí o rótulo de “pavio curto”.

 

Porém, o diagnóstico deste transtorno está associado à frequência das crises, intensidade e impacto na qualidade de vida do indivíduo.

Mas como lidar com pessoas afetadas por este transtorno?

Bem, apesar de ser difícil, é preciso agir com empatia e adquirir conhecimento sobre o transtorno em questão para conseguir conviver de forma social. Desta maneira, a convivência pode tornar-se mais agradável e tolerável para todos.

Lembrando que, a pessoa que sofre com a TEI é incapaz de gerenciar seus impulsos agressivos e, em muitos casos, após o ataque de fúria, chegam a sentir arrependimento, vergonha, culpa ou tristeza após a explosão.

As explosões ocasionadas por este transtorno podem ser leves, com xingamentos e objetos sendo jogados a graves, com agressões físicas e destruição de propriedades.

 

Mas, independente, de como aconteçam, a sua frequência e o seu descontrole acabam por prejudicar a pessoa em sua vida pessoal, social e profissional.

 

Além disso, em muitas situações, antes de ter um ataque de raiva podem ser notados sintomas como dor de cabeça, tontura, náuseas e até alterações da consciência.

 

Portanto, é muito importante que pessoas classificadas como “Pavio Curto”, busquem a ajuda de um profissional de saúde mental para trabalhar a frequência e a intensidade de suas iras, além de mapear os estímulos que ativam os gatilhos dos ataques, no intuito de gerenciar suas emoções e seus sentimentos.

 

Visto que, confirmado o diagnóstico de TEI, o psicoterapeuta também deverá avaliar se esse transtorno está acompanhado por outros, como abuso de substâncias, depressão, TOC e fobia social; o que é muito comum.

 

O mais importante é ajudar o indivíduo a ter uma vida mais equilibrada e saudável em sociedade.

 

Dra. Andréa Ladislau  /  Psicanalista

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