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Lupulinário

Por Sônia Apolinário

Sônia Apolinário é jornalista tendo trabalhado nos principais jornais do país, sempre na área de Cultura. Também beer sommelière, quando o assunto é cerveja e afins, ela se transforma na Lupulinário.
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Os primeiros passos do Polo de Cervejas Artesanais de Maricá

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Cerca de 40 Km separam Niterói e Maricá, mas, quando se trata de cerveja artesanal, a distância parece bem maior. Por aqui, praticamente nada se sabe sobre o cenário do segmento no município vizinho. Os comentários, de ouvir falar, é que têm acontecido eventos por lá onde a cerveja marca bastante presença.

Ao saber que haveria um Bier Fest, em Maricá, considerei que era uma boa oportunidade para saber a quantas anda o movimento artesanal, na cidade.

Se é verdade que tem muita marca participando de eventos, o fato é que, neste momento, existem apenas quatro legalizadas, ou seja, com registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). São elas: as ciganas Maltz, Br Espraiado e Alex Bier, além da Bicho Grilo, que tem uma microcervejaria própria.

A fábrica da Bicho Grilo fica no Centro. No momento, seu bar com várias torneiras, está fechado porque está de mudança para outro bairro. Os estilos que produzem são Irish Red Ale, Session IPA, Witbier, English Porter, kölsch, Cream Ale e Wheat Bier.

A Maltz produz seus rótulos na cervejaria Lagos, em Saquarema, Região dos Lagos fluminense. A marca tem um biergarten em Itaipuaçu.

A Br Espraiado, que fica na área rural de Maricá, trabalha também com chopes produzidos pela Malteca, única fábrica de Niterói com disponibilidade para atender ciganos, no momento.

A Alex Bier é a novata do grupo. Pertence ao restaurante Alexandre, especializado em frutos do mar, que fica em Araçatiba. Só lembrando: a Noi, de Niterói, também começou assim: produzindo cerveja apenas para abastecer seus restaurantes, sem maiores pretensões, no início.

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De acordo com o secretário de Promoção e Projetos Especiais de Maricá, José Alexandre Almeida, essas marcas integram o recém-criado Polo de Cervejas Artesanais de Maricá. Ele contou que, para 2023, o município tem planos para ajudar a impulsionar o segmento. Existe, por exemplo, um projeto de criação de um polo industrial e de uma incubadora.

Segundo ele, não há maiores interações com o segmento, em Niterói. Pelo menos, até agora. Porém, uma aproximação entre os municípios poderia ajudar bastante Maricá.

Niterói criou uma legislação amigável para o desenvolvimento do setor, com contribuições de cervejeiros locais; está implantando projetos de turismo cervejeiro, com três rotas, na cidade; conta com cerca de dez marcas ciganas e cinco fábricas: Noi, Masterpiece, Malteca, Máfia e Habeas Copos, além de bares especializados.

Além disso, a cidade tem uma regional forte da Associação dos Cervejeiros Artesanais (AcervA Niterói e São Gonçalo), a “base” do movimento.

Uma maior aproximação entre os dois municípios tem tudo para ser bom para ambos. Lupulinário torce para que isso aconteça.

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