26 de dezembro

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Andrea Ladislau

Andrea Ladislau é graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Tem especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para apoio emocional a pessoas do Brasil inteiro.
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Os impactos da Síndrome do Pensamento Acelerado

A SPA atinge crianças, adolescentes e adultos do mundo todo.
Uma caraterística da SPA é o cansaço físico exagerado e inexplicável.

Quando se fala em Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA), em uma primeira análise, imaginamos um indivíduo super agitado, elétrico e com raciocínio extremamente rápido.

Mas não é bem assim. Essa Síndrome é produzida por uma mega construção de pensamentos, numa velocidade tão alta que acaba por estressar e desgastar o cérebro.

Na verdade, tem a ver com a intensidade e volumetria de pensamentos e ideias.

E, portanto, a aceleração do pensamento aumenta a ansiedade e o desgaste da saúde física e mental.

Desse modo, a SPA atinge crianças, adolescentes e adultos do mundo todo de forma “epidêmica”. É uma síndrome abrangente, contínua e “contagiante”, pois caracteriza-se por vários sintomas.

Entre eles destacamos o pensamento acelerado, a fadiga excessiva, dificuldades em contemplar detalhes e pequenos estímulos da vida rotineira, flutuação do humor, dificuldades para se concentrar, aparecimento de pequenos lapsos de memória de forma frequente, insônias, irritabilidade e elevação da ansiedade.

Por não conseguir desligar a mente e apresentar dificuldade em desacelerar o pensamento, a pessoa frequentemente sofre por antecipação.

Outra caraterística básica da SPA é o cansaço físico exagerado e inexplicável.

Isso porque, os portadores dessa síndrome ao pensarem demais tendem a roubar energia do córtex cerebral, que é a camada mais evoluída do cérebro, uma energia que deveria ser utilizada nos órgãos do corpo.

Mas, como isso não acontece, o organismo responde com a fadiga em excesso.

É comum relatos de cefaleias intensas e dores musculares constantes associadas à Síndrome do Pensamento Acelerado.

Além disso, os portadores desse problema também demonstram um tipo de comportamento em que perdem o prazer com muita facilidade.

Resumindo: uma pessoa que convive com essa síndrome, se sente “sufocada” de informações, perdida, confusa, com grande necessidade de resolver todos os problemas de imediato, atolada em tarefas, compromissos e assim por diante.

Por fim, é preciso estar atento para o estilo de vida que se leva. Apesar da aceleração da vida não podemos acelerar a mente de forma nociva a ponto de comprometer a saúde mental.

Sofrer por antecipação é o primeiro sinal de que algo está errado.

Praticar um detox emocional e reduzir a exposição da mente às redes sociais é um ótimo exercício a se praticar para evitar o comprometimento do organismo.

Além disso, falar e expor sentimentos, valorizar os detalhes e desacelerar a vida também ajuda a reduzir o estresse e controlar a emissão de pensamentos tendenciosos.

Desse modo, pensar devagar e de forma mais cautelosa contribui no domínio da arte de tomada de decisões e no desenvolvimento de capacidades essenciais, como: criatividade, inovação, reflexão e persistência.

Afinal, reservar um tempo para desacelerar o pensamento, traz ganhos e benefícios importantes para a saúde do corpo e da mente.

Portanto, através de novas atitudes e novos hábitos, o portador da síndrome pode, com maior facilidade, reconhecer suas emoções e promover uma melhor qualidade de vida.

 

Dra. Andréa Ladislau   /   Psicanalista

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