Pesquisa do instituto Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira mostra a dificuldade de Ciro Gomes e dos tucanos para deslanchar na corrida presidencial, embora ainda falte um ano para as eleições. Candidato pela quarta vez à Presidência da República, o ex-ministro pedetista passou para o quarto lugar com a inclusão do ex-juiz Sérgio Moro, que hoje se filiou ao Podemos, na consulta. Ministro de Bolsonaro e hoje adversário do Presidente, além de odiado por petistas, Moro ainda não confirmou sua candidatura à Presidência.
O ex-presidente Lula lidera com folga nos dois cenários pesquisados e hoje venceria todos os concorrentes no segundo turno. O instituto consultou os eleitores sobre dois cenários, um com João Dória e outro com Eduardo Leite como pré-candidatos do PSDB.
Nos dois casos, Lula tem 48% ou 47% das intenções de voto, seguido pelo Presidente Bolsonaro (sem partido, mas em negociação com o PL), que aparece com 21% tanto contra Dória como com Leite na disputa. Moro, que já fez na festa de filiação ao Podemos discurso de quem tentará “roubar” votos de Bolsonaro, surgiu em terceiro, mas em empate técnico com Ciro Gomes.
Nos dois cenários Moro teria hoje 8% das intenções de voto e Ciro, 6% ou 7%. Dificuldade muito maior ainda têm os tucanos para crescer e aparecer: Dória fica com apenas 2% e Leite, 1%. Atual Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco também foi incluído e tem apenas 1% hoje.
A um ano das eleições, porém, tudo ainda pode mudar. Inclusive porque 25% dos eleitores declararam que não votariam nem em Lula nem em Bolsonaro, os dois primeiros colocados hoje. E estes certamente migrarão para outros candidatos, portanto. Outro fator importante: 69% acham que o atual Presidente não merece ser reeleito.
Então o cenário hoje é de polarização esquerda x direita, com Ciro e os tucanos ainda empacados.
Eleitores indecisos ou que pretendem anular ou votar em branco somam 14%, segundo a pesquisa. Foram ouvidos 2.063 eleitores no país entre os dias 3 e 6 de novembro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.