24 de novembro

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Andrea Ladislau

Andrea Ladislau é graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Tem especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para apoio emocional a pessoas do Brasil inteiro.
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Múltiplas personalidades vivendo em harmonia no ambiente corporativo

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Lidar com o outro é uma arte. Nós devemos levar em consideração os nossos limites e o dos outros.

O mundo corporativo é um celeiro perfeito para a construções de diferentes personalidades, afinal somos seres individualizados e únicos. Cada um com sua história de vida e sua bagagem de construções psicológicas equilibradas ou não.

 

Toda organização compõe-se de estrutura física, tecnologia e matérias de trabalho, normas, procedimentos, processos, regras e os recursos humanos. Estes últimos talvez sejam os mais complexos a serem administrados e gerenciados.

 

Isto se deve ao fato de que ,possuímos diferentes características comportamentais, aptidões, atitudes, motivações e habilidades que vão caracterizar tipos psicológicos divergentes, de acordo com nossa herança genética, nossas influências familiares e as vivências que tivemos ao longo da vida.

 

Claro que, seja qual for o ambiente em que estivermos inseridos, podemos notar que as pessoas possuem diferentes personalidades. Quando nos atentamos para estas questões em um ambiente corporativo, evidenciamos diferentes personagens.

 

Em uma mesma instituição podemos ter que conviver com o temperamental, o crítico, o rabugento que reclama de tudo, o extrovertido, o introvertido, o assanhado, o tímido ao extremo, o feliz demais, o depressivo, o medroso, o sabe tudo, o folgado, o enrolado e lento, o desatento, o amável sempre disposto a ajudar, o centralizador, o altamente produtivo, e por aí vai.

 

O bom relacionamento entre as pessoas é um dos fatores determinantes para um clima saudável dentro de uma organização. Até porque, no ambiente corporativo, geralmente não cabe a nós escolher os colegas, de maneira que precisamos aprender a conviver com os diferentes temperamentos, comportamentos e ideologias.

 

Pode parecer uma tarefa difícil, porém é um exercício de relacionamento como qualquer outro, que exige habilidades como paciência, flexibilidade, humildade e, acima de tudo, respeito.

 

Lidar com o outro é uma arte. Nós devemos levar em consideração os nossos limites e os limites deste, ainda assim respeitar a hierarquia e as regras impostas pela instituição.

 

Mas como fazer isso, convivendo com pessoas de personalidades tão divergentes da minha? Não tenha dúvidas que, na prática relacionar-se e se comunicar com o outro é um desafio desgastante.

 

O que precisa ficar claro é que não sabemos tudo. Somos falhos e podemos errar, afinal somos humanos. Além disso, devemos ser humildes para reconhecer até onde vai a auto responsabilidade sobre as relações conflituosas que atraímos.

 

Qual a minha contribuição na desordem interpessoal à minha volta? Fato é que, ao desenvolver a empatia, os desequilíbrios de comunicação ficam mais evidentes e fáceis de serem administrados. A forma de comunicação é um outro fator que pode gerar desconfortos no ambiente de trabalho. Algumas pessoas utilizam linguagens mais diretas e menos formais que podem parecer ofensivas para os colegas que não estão acostumados com certos vocabulários.

 

Enfim, todas as personalidades possuem lados positivos e negativos e é importante trabalhar estratégias e métodos de integração das características positivas de todos, garantindo o comprometimento em prol de resultados favoráveis corporativamente, além de contribuir para desenvolver relações mais humanas.

 

Flexibilidade é o segredo do bom relacionamento. Sendo flexíveis podemos ensinar e aprender, crescer e absorver conhecimento, tirando vantagem das próprias diferenças, favorecendo ainda o bem-estar e o equilíbrio da saúde mental de cada um.

 

Dra. Andréa Ladislau  / Psicanalista

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