21 de dezembro

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Andrea Ladislau

Andrea Ladislau é graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Tem especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para apoio emocional a pessoas do Brasil inteiro.
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 Manifestações do TDAH na fase adulta

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Engana-se quem pensa que a TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção com hiperatividade, atinge apenas crianças. Na realidade, as manifestações começam na infância, mas se não forem identificadas e tratadas podem transportar este tipo de patologia para a vida adulta do ser humano.

É o que mostram alguns estudos sobre o tema: em torno de 60% das crianças com TDAH ingressam na fase adulta apresentando alguns sintomas do distúrbio.

O TDAH é um tipo de transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e, frequentemente, acompanha o indivíduo por toda sua vida.

Para fechar o diagnóstico de TDAH em adultos, é necessário avaliar a presença do transtorno na infância e classificar os sintomas apresentados. No entanto, a identificação não é tão fácil, pois os sintomas se confundem com outros diagnósticos.

Normalmente, o adulto com TDAH costuma ter dificuldade de organizar e planejar suas atividades do dia a dia, além de sofrer para concluir o que começa ou encerrar com êxito suas ações.

É normal que este adulto deixe trabalhos pela metade, interrompa no meio o que está fazendo e comece outra coisa, só voltando ao trabalho anterior bem mais tarde do que o pretendido ou então se esquecendo dele.

Ou seja, não existe finalização para o que se inicia. Atitudes típicas de quem sofre com a evidência deste problema. Os principais sinais de que um adulto possa estar vivendo uma atmosfera tocada pelo TDAH são: Instabilidade profissional; rendimento abaixo da capacidade intelectual;  falta de foco e atenção; dificuldade de seguir rotinas; desorganização; dificuldade de planejamento e execução das tarefas propostas; procrastinação; ansiedade diante das tarefas não estimulantes; dificuldades nos relacionamentos; relacionamentos instáveis; frequente alteração de humor; frequentes esquecimentos com perdas e descuidos para datas e reuniões importantes; dificuldades para expressar suas ideias e colocar em prática o que está pensando; dificuldade para escutar e esperar a sua vez de falar – fala muito e ouve pouco; frequente busca por novas coisas que o estimulem – não estão satisfeito com nada; intolerância a situações monótonas e repetitivas.

A maior dificuldade é entender os seus próprios desejos, expressá-los e nomear sentimentos e emoções. Além disso, existe a manifestação de alguns efeitos colaterais importantes, como: Insônia severa; gastrites intensas; nervosismo frequente; diminuição do apetite e cefaleias constantes.

Portanto, a presença do TDAH na fase adulta é muito séria e pode trazer sérios danos à saúde mental, assim como suscitar prejuízos na construção da personalidade do ser humano.

Tudo isso porque, além de todos os estragos aqui apresentados, o distúrbio gera instabilidade profissional, desorganização, rendimentos abaixo da capacidade intelectual do afetado, dificuldade nos relacionamentos e agravamento dos casos de ansiedade, depressão, alterações de humor e bipolaridades. O desequilíbrio físico e mental provocado pelo TDAH pode ser controlado e monitorado através da terapia e do estímulo à construção de uma relação mais saudável e equilibrada na execução das atividades, assim como uma melhor compreensão das emoções e na redução das cobranças inconscientes.

Isso fará com que sejam minimizados os efeitos nocivos da ansiedade, auxiliando o autocontrole físico e emocional de quem sofre com essa patologia.

Dra. Andréa Ladislau / Psicanalista

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