Depois de ganhar um filme, a Maldita, “apelido” da rádio Fluminense FM que, nos anos 1980, influenciou o rock brasileiro e teve profunda ligação com Niterói, virou cerveja.
A marca é a primeira a ser incubada na cervejaria Masterpiece, com sede no Cafubá. À frente do negócio está Alexandre Torres, terceira geração dos fundadores do grupo Fluminense de mídia que, aliás, não pertence mais à família. Ele estava no comando quando a Maldita, rádio, foi criada. Com a Maldita, cerveja, vislumbrou uma oportunidade de negócio no mercado craft.
Bater na porta da Masterpiece foi quase “caminho natural”. Alexandre é amigo de infância do CEO da cervejaria, André Valle.
“Ele me procurou para ter informações sobre o mercado de cerveja artesanal porque tinha o sonho de ter uma marca. Dei as informações e disse que poderia fazer a parte operacional para ele. Assim, a Maldita se tornou a primeira marca incubada pela Masterpiece”, conta André.
O lançamento da Maldita está previsto para acontecer neste mês de janeiro, junto com o filme “Aumenta que é rock ‘n roll”. No longa, dirigido por Tomás Portella e produzido por Cacá Diegues e Renata Almeida Magalhães, Johnny Massaro interpreta Luiz Antonio Mello, produtor musical e criador da rádio.
A Maldita entrou no ar em 1982 e foi a primeira emissora FM dedicada ao rock, no país. Acabou por influenciar e ajudar a desenvolver o movimento chamado BR Rock.
A Maldita cerveja terá uma Pilsen como primeiro rótulo. Os outros previstos vão contemplar também estilos “clássicos” como IPA, Witbier e Red Ale. Segundo André, todos feitos com receitas inéditas.
Os estilos previstos para serem produzidos para a Maldita também são encontrados, de forma regular, na Masterpiece. André está incubando uma concorrente dentro da própria fábrica ? Ele afirma que não.
“São públicos diferentes. A Maldita acaba, inclusive, divulgando a Masterpice e, dessa forma, atingimos novos mercados. Se a Maldita se mostrar um grande sucesso e crescer muito, o Alexandre decide o que vai fazer porque, a partir de um determinado ponto, não teremos mais condições de atender”, afirma.