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Andrea Ladislau

Andrea Ladislau é graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Tem especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para apoio emocional a pessoas do Brasil inteiro.
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   Labirintite emocional – um sinal de alerta da mente

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A labirintite emocional pode ser considerada como um sinal do corpo para um desequilíbrio psíquico.

A labirintite emocional é uma doença que provoca uma sensação de tontura, pressão e zumbido no ouvido, diminuição do equilíbrio e dor de cabeça frequente. E essas sensações e sintomas podem piorar em situações de estresse agudo, intensidade exagerada de trabalho e preocupação, além de constância de movimentos repentinos e repetidos da cabeça.

A labirintite emocional pode ser considerada como um sinal do corpo para um desequilíbrio psíquico fruto de uma rotina intensa de trabalho e carga de estresse muito elevada. Uma doença cruel que tem ligação direta com a deficiência no gerenciamento das emoções e também do ato de negligenciar os limites do corpo.

Assim como outros sintomas podem ser desencadeados por fatores emocionais, também temos a labirintite emocional que engrossa essa lista e vem provar, mais uma vez, que o controle da mente e o gerenciamento de nossas emoções são, extremamente importantes, para amenizar sintomas físicos. O estresse é uma alteração do estado normal do organismo e, por isso, pode desencadear tonturas.

Nas crises de ansiedade, a frequência da nossa respiração aumenta muito, o que faz com que o nível de oxigênio no sangue aumente, gerando estreitamento dos vasos que vão para o labirinto ou para o sistema nervoso central, causando a sensação de tontura. Além disso, as alterações emocionais, como ansiedade, estresse, fadiga ou depressão, podem piorar o estado do ser humano, já que intensificam mudanças na liberação de hormônios, das funções cardiovasculares e digestivas, do sistema nervoso e psicológicas. Tudo isso é capaz de afetar secundariamente o labirinto. Por isso, o estresse pode ser gatilho para uma crise de labirintite e, consequentemente, a manutenção dos sintomas.

A depender da causa da doença do labirinto, o objetivo terapêutico pode ser a cura, o alívio dos sintomas, a prevenção de crises, além da solução ou controle de doença associada. O tratamento requer algumas medidas importantes, como: mudanças de hábitos e estilo de vida, controle do estresse, exercícios de reabilitação vestibular, uso de medicamentos específicos e terapia constante para o manejo emocional.

É necessário investigar a causa principal do problema, através da terapia e do trabalho interno de autoconhecimento que a pessoa pode fazer consigo mesmo, refletindo sobre o que possa estar desencadeando esse processo. Se perguntando o que está provocando e acelerando toda essa angústia. Apontando em si, os responsáveis emocionais pelo desconforto que está vivendo. Mais uma vez, olha aí a necessidade de se conhecer melhor mentalmente e expressar seus sentimentos. O fortalecimento do emocional, o aumento da autoestima com a aplicação de técnicas para auxiliar no controle da ansiedade e do estresse, são primordiais no controle da doença.

Portanto, é preciso estar consciente do excesso de trabalho e acumulo de ansiedade e estresse em nossas rotinas diárias, a fim de provocar e promover mudanças urgentes, com o intuito de se evitar o aparecimento de doenças físicas ou psíquicas como a labirintite, principalmente, é fundamental estar ligado aos indícios emocionais, sem negligenciar os sinais.

Buscar a ajuda de um médico e de um profissional de saúde mental e, não se descuidar das emoções. Afinal, problemas emocionais podem agravar doenças físicas já existentes, além de evidenciarem novas comorbidades.

 

Dra. Andréa Ladislau  /  Psicanalista

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