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Andrea Ladislau

Andrea Ladislau é graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Tem especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para apoio emocional a pessoas do Brasil inteiro.
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Fim de ano se aproxima e aumentam as frustrações e expectativas do indivíduo

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A cada ano renovamos nossas expectativas e esperanças.

A mudança de calendário, naturalmente, vem acompanhada de uma atmosfera de recomeço que nos impulsiona a estabelecer metas, montar listas de objetivos e planos a serem realizados ao longo do ano que se inicia.

Somos inundados por diversas aspirações e expectativas.  Certo que, existe uma variação muito grande nestas intenções, em vários campos da vida, que vai desde as mais simples até as mais complexas ou com maior grau de dificuldade.

Mas não importa: a verdade é que a cada ano renovamos nossas expectativas e nos enchemos de esperança de que, ao fim dos 365 dias iniciados, todas as metas estabelecidas estejam cumpridas.

“Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve”. E é bem isso mesmo: as metas, estratégias e objetivos são valiosos na construção do nosso próprio equilíbrio e bem-estar.

A definição de propósitos e a busca por conquistar objetivos são ações benéficas que contribuem para o aumento da autoestima, o fortalecimento do ego, a renovação do ânimo, a diminuição do estresse e a injeção motivacional; além de propiciar saudáveis mudanças comportamentais e promoverem o autoconhecimento do indivíduo.

Entretanto, o grande desafio é tirar os desejos do papel, eliminar a procrastinação, concretizar os sonhos e não permitir que uma meta não concluída, por qualquer que seja o motivo, se transforme em frustração, sensação de fracasso ou sofrimento.

Á vista disso, alguns cuidados devem ser tomados para que essa construção pessoal não se transforme em um pesadelo.

É muito importante definir metas concretas e tangíveis. Objetivos reais e alcançáveis. Um dos grandes erros é não se atentar para a viabilidade do que está sendo estabelecido.

Definir metas incompatíveis com a sua realidade pode ser um prato cheio para a frustração. Além disso, alguns desejos podem depender também de outras pessoas, ou até mesmo de um tempo maior que 12 meses para se concretizarem.

Não adianta fazer uma lista gigantesca de metas a serem alcançadas. Quantidade não é sinônimo de qualidade ou de perfeição. Comprometa-se com o que dará conta de ser cumprido para que seus objetivos não sejam adiados.

Portanto, muito mais do que estabelecer metas a cada virada de ano, devemos cuidar para que esse gás não se perca ao longo dos dias e que não sejamos acometidos por angústias ou sensação de fracasso.

 

Rever as listas de anos anteriores também ajuda a enxergar e refletir sobre o que nos impede de conquistar determinados objetivos. Identificar quais as crenças bloqueadoras precisam ser derrubadas para que novos resultados apareçam.

 

Mas, cuidado para não transformar o estabelecimento de metas em uma competição consigo mesmo.

 

Seja determinado, mas não se esqueça que mudar é um processo. Não vale a pena se martirizar e perder a paz.

 

Mais importante que conquistar é a construção e o caminho a ser percorrido e, o quanto de crescimento e aprendizado se obteve ao longo deste percurso.

 

Reflita sobre seus sucessos até aqui, mas não se esqueça que os fracassos também devem ser valorizados.

 

Transforme suas frustrações em gatilhos para a obtenção de força na busca de caminhos mais assertivos.

 

O melhor a fazer é desacelerar o pensamento e saborear o momento, mantendo o foco, o equilíbrio e cuidando de sua saúde mental para encarar um novo ano e seus novos desafios.

 

Dra. Andréa Ladislau    /    Psicanalista

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