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Andrea Ladislau

Andrea Ladislau é graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Tem especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para apoio emocional a pessoas do Brasil inteiro.
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Equilibrando razão e emoção para uma vida mais saudável

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Que é preciso ter equilíbrio entre a razão e a emoção, todos sabemos. Mas o mais difícil é promover o limite certo de um e do outro. Quando usar mais a razão? Quando deixar a emoção fluir e o coração dar o tom?

Essa decisão é bastante subjetiva e depende também das circunstâncias que se apresentam.

Mas uma coisa é fato, tanto razão quanto emoção estão diretamente ligadas ao nosso autoconhecimento e ao gerenciamento correto e equilibrado de nossos sentimentos.

No caso da razão, por exemplo, ela está relacionada a processos mentais importantíssimos para o desenvolvimento e as nossas atuações estratégicas.

O lado racional do cérebro entra em atuação, pincelado por sabedoria, inteligência e consciência. Faz parte desse processo a avaliação de fatos, controle do ego e as nossas escolhas motivadas também por nossos experiências e bagagem de vida.

Á partir daí se formam as atitudes. É quando dizemos que o indivíduo agiu com a razão. Foi racional ao optar por este ou aquele caminho.

Ainda sobre a razão, outros componentes de suma importância entram neste pacote de ações: a ética e a moral.

É o agir motivado não pelo individual e pelo ego, mas por causas maiores e mais complexas que podem atingir a outros envolvidos.

Enquanto isso, o “agir com a emoção” é exatamente deixar de lado o racional e colocar o coração, o sentimento, o ego e o subjetivo na frente.

É dar voz ao que está no mais profundo íntimo. Sem pensar em consequências. Sem fazer estratégias em todos os pontos envolvidos na questão.

Neste caso, a sabedoria que é o laço que deve unir razão e emoção, dá lugar ao sentimento de afeto e amor.

E em alguns casos mais específicos, também temos a presença de sentimentos menos favoráveis ao ser humano, como a carência, insegurança, inconsequência, raiva, ódio e medo.

Portanto, os hábitos nobres e as decisões mais justas, enlaçadas pela ética social, inteligência e visão de futuro, mediando consequências, estão inseridos no pacote racional.

A emoção e os sentimentos não interferem na decisão final, quando as atitudes são voltadas pelo racional.

Porém, a grande verdade é que viver é exatamente um constante limiar de linha tênue entre a razão e a emoção. E o segredo talvez seja encontrar a justa medida entre eles para tecer com sabedoria a malha da vida.

Afinal, quando a razão e a emoção se abraçam, o equilíbrio é quem irá dar o tom da realidade.

Que não se cai em armadilhas. Não existe certo e errado.

Leviano dizer use mais a razão ou use mais a emoção. O adequado é: equilibre sempre suas decisões entre razão e coração.

Quando apenas um impera, certamente, o resultado pode ser desastroso.

Não existe receita de bolo para a vida, mas existe o bom senso e a sabedoria que podem favorecer ações e conduzir de forma saudável o caminho do indivíduo.

 

Dra. Andréa Ladislau

Psicanalista

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