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Silvia Fonseca

Silvia Fonseca é jornalista e trabalhou por 30 anos no jornal O GLOBO, onde foi Editora Executiva. Tem pós em Gestão de Redação, tem uma consultoria em soluções de mídia e é sócia fundadora do A Seguir: Niterói. Nasceu em Minas, mas mora em Niterói há 32 anos.
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Direita ainda indecisa, mas forte, para eleições no Rio

O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, fala à imprensa após reunião do Grupo Lima em Bogotá, Colômbia.
O general Hamilton Mourão: vice de Bolsonaro é lembrado por bolsonaristas para disputar eleição de governador do Rio

O Presidente Bolsonaro teria hoje cerca de 30% dos votos no Estado do Rio. É metade do que teve em 2018, quando foi eleito, mas não é pouco.  Pode até  eleger o governador, dependendo de quem seja o candidato. Coisa que nem ele sabe ainda.

Se entra na disputa  Hamilton Mourão (PRTB), seu vice agora escanteado para 2022, o general chega a 17% das intenções de voto, apenas seis pontos percentuais atrás do primeiro colocado, o deputado Marcelo Freixo (PSB), que aparece com 23%. É o que mostra  pesquisa do instituto Quaest feita a pedido do jornal  O GLOBO.

A consulta incluiu três cenários. Num deles, com Mourão, o terceiro colocado é o governador Cláudio Castro (PL), que vai disputar a reeleição, com 12%. Isso mostra um possível patamar de 30% para o bolsonarismo no Estado do Rio hoje.

Neste cenário, com Freixo na liderança e Mourão em segundo, o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT) aparece  com 6%, e o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz (PSD), com 3%. Eleitores indecisos ou que pretendem anular ou votar em branco somam 39%.

Quando a pesquisa inclui apenas Freixo (25%), Cláudio Castro (16%), Neves (7%) e Santa Cruz (3%), sem Mourão, os eleitores que não querem nenhum deles ou estão indecisos vão a 49%. O que revela desalento, rejeição, mas também bolsonarismo órfão de candidato neste cenário.

No terceiro quadro, quando inclui como candidato o atual Prefeito do Rio, Eduardo Paes, este lidera com 26%. Mas Paes se elegeu dizendo que não deixará o cargo para disputar o Palácio Guanabara em 2022. Freixo fica com 19%, Castro com 14% e Neves com 4%.

O instituto também fez sondagem sobre a eleição presidencial no estado. O ex-presidente Lula (PT) hoje seria vencedor no Rio, com 43% dos votos, em dois cenários, seguido de Bolsonaro, com 29% a 30%. O ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato do PDT, aparece com 8% e 9%, dependendo de quem seja o candidato do PSDB, que ainda escolherá entre os governadores João Dória e Eduardo Leite.

A pesquisa diz pouco e muito ao mesmo tempo. Pouco porque ainda é cedo demais para as eleições de outubro de 22. Muito porque mostra que o bolsonarismo teria assegurado hoje uma fatia importante do eleitorado. E que, para superar o candidato do presidente, seja quem for, será preciso unir forças da centro-esquerda num eventual segundo turno. Apesar da briga entre Lula e Ciro.

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