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Andrea Ladislau

Andrea Ladislau é graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Tem especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para apoio emocional a pessoas do Brasil inteiro.
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Desafios na retomada efetiva do ano eletivo e boas práticas acadêmicas

A escola traz o aprendizado, o ensino e pode potencializar as relações interpessoais, podendo moldar o caráter,
A escola traz o aprendizado e pode potencializar as relações interpessoais.

O ano eletivo e a retomada à escola realmente acontecem agora. Após 2 anos efetivamente pandêmicos, muitas escolas pelo Brasil  afora, enfrentam o desafio de volta à normalidade (sem o estudo remoto ou híbrido).

Pensando nisso, refletimos sobre aspectos do período de desenvolvimento psicológico, intelectual e físico de crianças e adolescentes. Importante momento carregado de nuances e emoções.

Pois, é nesta fase que as alterações de comportamento, corpo e também de personalidade, acentuam e marcam a vida dos jovens. Eles estão se descobrindo e se percebendo enquanto ser humano que possui medos, dúvidas, sentimentos, emoções afloradas e desejos reprimidos.

Se considerarmos que a escola traz o aprendizado, o ensino e pode potencializar as relações interpessoais podendo moldar o caráter, o respeito, a empatia e até alimentar as construções benéficas ou não, destas relações; podemos assim entender que o ambiente escolar é de suma importância no conjunto de aplicações psicológicas do ser humano.

Trazendo todas essas questões para a avaliação, retomam também aspectos negativos que precisam ser analisados e controlados por pais, educadores e psicopedagogos em geral.

Por exemplo, a influência do bullying no desenvolvimento de nossos jovens e crianças. Por ser um conjunto de atos de violência física e psicológica, de forma intencional e contínua, trazem sim, grandes impactos na trajetória destes.

Deixando claro que, o bullying pode ser configurado tanto como agressão física e verbal, quanto psicológica, atentando para a integridade de quem o sofre.

Sim, se perguntarem se o bullying ou outros abusos afetam a saúde mental do indivíduo: a resposta é sim. Afeta e traz deficiências para a vida de uma forma geral. Ele é um problema social muito grave.

Os seus efeitos podem ser curtos ou de longo prazo, diretos ou indiretos. O psicológico do afetado fica abalado e podemos observar que a criança ou o jovem, vítima de abusos, pode apresentar sintomas de insônia, reações psicossomáticas, medo, angústia, insegurança, dificuldade de interação com o outro, déficit de atenção e, nos casos mais graves, pode apresentar sintomas depressivos de alta grandeza, desencadeando transtorno de ansiedade generalizada, transtorno do pânico e, até levar ao suicídio.

Enfim, o ambiente escolar é onde a criança ou o jovem deve aprender a se posicionar, a montar sua personalidade através da sua capacidade de adquirir conhecimento, além de tornar-se um ser único de sentimento, caráter e atitudes. Fornecendo a ele condições de se tornar genuíno nas tomadas de decisões e no posicionamento pautado em seus valores, ao longo da vida.

Por isso, a importância dessa retomada ser fundamentada em cuidados e atenção aos impedimentos de abusos, como o bullying por exemplo.

Portanto, que nossas crianças e jovens tenham um ano acadêmico menos conturbado.

Que o retorno efetivo após o isolamento imposto pela COVID 19, fortaleça a união, educação, formação adequada do caráter e da personalidade destes seres humanos, para que possamos ver um cenário melhor e mais propício à boas práticas de convivência e de relações interpessoais saudáveis e menos carregadas de perversidade e falta de empatia.

Dra. Andréa Ladislau.

Doutora em Psicanálise.

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