A 13 dias do Enem, uma debandada de 29 coordenadores do Inep, o Instituto responsável pela realização da prova, ameaça a realização do exame. Os servidores pediram exoneração coletiva nesta segunda-feira. Não bastasse todo o sofrimento dos alunos no ano passado, quando o exame acabou adiado por causa da pandemia de Covid, agora a crise no órgão preocupa os mais de 3 milhões de inscritos no país todo.
A realização do Enem, previsto para os dias 21 e 28 de novembro, está de fato ameaçada? Era o que se perguntavam alunos do terceiro ano do Ensino Médio reunidos em frente a um colégio de Icaraí. Apreensão, incerterza, medo, frustração. Todos esses sentimentos eles citaram diante da notícia da crise sem precedentes no Inep.
Os funcionários pediram desligamento de cargos ligados justamente à organização do Enem. O presidente do Inep, Danilo Dupas Ribeiro, é acusado por servidores de tomar decisões sem critérios técnicos e até de assédio moral, segundo denúncia da Assinep (Associação de Servidores do Inep). Ribeiro chegou à direção do Inep por escolha do atual ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro.