5 de fevereiro

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Andrea Ladislau

Andrea Ladislau é graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Tem especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para apoio emocional a pessoas do Brasil inteiro.
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  Como tratar a Distimia – Depressão crônica?

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É preciso estar atento aos sintomas e às alterações comportamentais que destoem do normal.

A depressão crônica existe e exige cuidados especiais para ser tratada. O transtorno depressivo crônico, de moderada intensidade, também pode ser chamado de Distimia.

 

É uma depressão persistente apresentando vários sintomas recorrentes, como a irritabilidade, o mau humor, a baixa autoestima, o desânimo, a tristeza e, até mesmo, a predominância de pensamentos negativos. Mas como identificar se uma pessoa está sofrendo com o problema e qual o tratamento mais adequado?

 

Na grande maioria das vezes, quem sofre com a Distimia é visto como sendo de “personalidade difícil”. Isso acontece porque os sintomas persistem durante dois ou mais anos na vida da pessoa.

 

Os pacientes afetados podem estar habitualmente melancólicos, pessimistas, sem senso de humor, passivos, letárgicos, introvertidos, hipercríticos de si mesmos e dos outros e queixosos.

 

Esse humor deprimido se manifesta na maior parte do dia, somando-se também a dificuldades para dormir ou uma necessidade de sono aumentada.

O apetite pode estar diminuído ou exagerado e manifestar a diminuição da capacidade de se concentrar e de tomar decisões, bem como a autoestima reduzida.

 

Os principais sintomas são:

    • irritação constante
    • pensamentos negativos sobre a vida
    • desânimo e tristeza
    • isolamento social
    • falta de energia para tarefas da rotina
    • sentimento constante de culpa
    • autocrítica fora do comum
    • mau humor exagerado
    • dificuldade na tomada de decisões
    • alterações de apetite e uma tendência ao uso de drogas ilícitas e abuso de álcool, cigarro e tranquilizantes.

    Portanto, o distímico, pessoa que recebe o diagnóstico de Distimia, acaba acumulando rótulos por estar sempre deprimido, mal-humorado e apresentando dificuldades de socialização.

     

    Essa irritabilidade permanente é o que o afasta do convívio social; uma consequência, da forma de depressão leve e contínua que, muitas vezes, pode passar anos despercebida, confundida com mero “traço de personalidade”.

     

    A boa notícia é que o tratamento existe e ele, geralmente, é conduzido por uma equipe multidisciplinar composta por um psicólogo, um psiquiatra e outros profissionais multidisciplinares.

     

    Podendo até, dependendo do grau da doença e da vontade do paciente, ser necessário a utilização de medicamentos que ajudem a diminuir os desconfortos causados pela condição clínica.

     

    Enfim, é preciso estar atento aos sintomas e às alterações comportamentais que destoem do normal. O ideal é buscar ajuda logo no início dos primeiros sintomas.

     

    Atitudes fora da curva ligam o sinal de alerta e mostram que é necessário uma intervenção psicológica de imediato.

     

    Afinal, evitar a todo custo a participação em eventos sociais, apresentar desempenho abaixo da capacidade de trabalho, seja na escola ou nas atividades corriqueiras da vida, bem como dificuldades de concentração associado a um pessimismo constante e um mal humor exagerado, demonstra um sofrimento psíquico nada saudável.

     

     

    Dra. Andréa Ladislau / Psicanalista

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