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Andrea Ladislau

Andrea Ladislau é graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Tem especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para apoio emocional a pessoas do Brasil inteiro.
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Como a relação entre irmãos pode interferir no emocional dos indivíduos?

a relação entre irmãos provavelmente será mais duradoura do que qualquer outra relação na vida de uma pessoa
a relação entre irmãos provavelmente será mais duradoura do que qualquer outra na vida de uma pessoa.

A relação entre irmãos é provavelmente um dos vínculos mais duradouros na vida de uma pessoa. Isto porque, na primeira infância, a ligação fraterna é marcada por um conteúdo emocional saudável e não saudável, intimidade e diferenças individuais que fazem parte do desenvolvimento humano.

O que é normal, pois as discrepâncias de idade e preferências individuais tendem a ocasionar conflitos e rivalidades que devem ser mediados pela família, para que as crianças aprendam a lidar de forma saudável com sentimentos e emoções tais como ciúme, inveja, raiva, entre outros.

Mas é claro que, no fundo, o relacionamento entre irmãos, na maioria dos casos, também é recheado de carinho, admiração e afeto.

E para contribuir com o estabelecimento de um relacionamento baseado em respeito e companheirismo, portanto, é importante que a família promova atitudes que fomentem a confiança, a empatia, o respeito, a harmonia e a estima entre os irmãos.

A intervenção adequada da família nos conflitos e brigas entre irmãos é um preparo que permitirá às crianças a gestão de seus pensamentos e emoções.

Desse modo, à medida que crescem terão uma maior possibilidade de se tornarem adultos mais saudáveis emocionalmente e capazes de grandes realizações na sociedade em que estão inseridos.

Podemos dizer que, a relação entre irmãos provavelmente será mais duradoura do que qualquer outra relação na vida de uma pessoa, e desempenha um papel essencial na vida das famílias.

A influência que estas relações exercem no desenvolvimento da compreensão da criança sobre seu mundo social, emocional, moral e cognitivo, desempenha um papel importante.no desenvolvimento da compreensão da criança sobre a mente dos outros, isto é, sua compreensão de emoções, pensamentos, intenções e crenças.

Tudo isso é muito bom para o amadurecimento emocional da criança. A convivência entre irmãos é um treinamento para relacionamentos futuros.

O que se aprende, ganha e sofre nessa relação vai servir para a vida inteira. E os pais devem evitar tomar partido nas disputas.

Portanto, podemos concluir que, a relação entre irmãos é um laboratório natural para a aprendizagem de crianças pequenas a respeito de seu mundo externo.

É um lugar protegido e seguro para aprender a interagir com outras crianças que são parceiros interessantes e envolvidos em brincadeiras, aprender maneiras construtivas de resolver desacordos e aprender a regular emoções positivas e negativas de formas socialmente aceitáveis.

A tarefa dos irmãos é encontrar um equilíbrio entre os aspectos positivos e negativos de suas relações à medida que crescem juntos, apesar dos ciúmes, das diferenças, da competição e até da inveja.

O fato de possuírem personalidades diferentes, certamente, ajudará na construção de uma relação positiva ou não.

O que se deve fazer é buscar desenvolver uma convivência com bases na inteligência emocional, na qual a individualidade deve ser respeitada.

Além disso, o carinho, o afeto e a empatia precisam ser praticados todos os dias, a cada momento, minimizando assim os atritos e facilitando a comunicação e a expressão de ideias, que serão experienciadas em suas relações na vida adulta.

Dra. Andréa Ladislau  /  Psicanalista

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