5 de fevereiro

Niterói por niterói

Pesquisar
Close this search box.

Andrea Ladislau

Andrea Ladislau é graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Tem especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para apoio emocional a pessoas do Brasil inteiro.
Publicado

 Baby Friendly: seus lugares favoritos incluem ou excluem os pequenos?    

Young cheerful mother playing with her newborn baby lying on bed at home. Copy space.
Afinal, não devemos exigir que a criança extrapole seus horários de sono, de descanso e de alimentação.

O movimento Baby Friendly, que surgiu como um selo indicativo de que o espaço acolhe adultos e crianças é muito válido, considerando o momento atual em que, os adultos são consumidos por extensas atividades laborais, necessidade de reciclagem e atualização de carreiras e conhecimento, além de estarem sempre conectados em tudo, devido a urgência do mundo contemporâneo.

Neste sentido, um espaço que permita a interação dos filhos, seguindo orientações que promovam o conforto a essas crianças, faz muita diferença para a segurança dos pequenos e também para a tranquilidade destes pais.

Principalmente, se entendermos que, muitas mães, por exemplo, se limitam a aceitar alguns convites para eventos ou reuniões sociais, por não possuem opções de acolhimento possíveis para os filhos.

Outro fator considerado importante em relação ao tema é o aspecto psicológico positivo que essa aproximação com os pais, pode provocar nas crianças.

Estando em fase de desenvolvimento comportamental e cognitivo, o convívio e a interatividade com os responsáveis, gera segurança, alimenta o senso de pertencimento, valoriza a autoestima e faz com que ela perceba sua importância na vida familiar e até social do adulto.

Além disso, esse cuidado com o espaço, aliando conforto, acessibilidade e adequação às necessidades das crianças, possibilita a socialização e faz com que, inclusive, ela desenvolva uma postura de interação mais fortalecida, eliminando sentimentos possíveis de rejeição, fobias, alterações de humor ou timidez.

Quando os lugares frequentados pelos pais não incluem espaços voltados para o acolhimento das crianças, o ideal é reconhecer essa limitação e se adequar a ela. É melhor não forçar a inclusão ou, caso não seja possível deixar a criança em casa com outro adulto, em local seguro e confortável para ela, busque levar algo que possa entreter e motivar, como um brinquedo por exemplo.

Também se faz necessário, orientar a criança para que regras e limites sejam respeitados.

Um outro fator muito importante que deve ser observado pelos pais, é em relação aos tempos de tolerância da criança, visto que, pelo fato de não haver no ambiente, estratégias adequadas para esse abrigo, a exposição poderá ser desconfortável e angustiante no alongar das horas. Afinal, não devemos exigir que a criança extrapole seus horários de sono, de descanso e de alimentação.

Os adultos são mais flexíveis a estes detalhes, os pequenos não e podem surpreender com choros, demonstrando a intolerância, ansiedade e impaciência que, nada mais é do que um pedido de ajuda.

Enfim, a ideia inovadora de criação e promoção dos espaços Baby Friendly veio pra favorecer a tranquilidade dos adultos em não se limitar socialmente, além de proporcionar novas experiências, interações e acolhimento adequado aos filhos, reduzindo a distância cotidiana que a vida acelerada tende a impor para as famílias de uma forma geral.

É uma contribuição positiva visto que colabora para um desenvolvimento equilibrado da saúde física e mental das crianças. Ou seja, que possamos ter mais espaços desse tipo para a promoção e fortalecimento dos aspectos psicológicos e comportamentais aqui envolvidos.

 

Dra. Andréa Ladislau / Psicanalista

COMPARTILHE