15 de janeiro

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Lupulinário

Por Sônia Apolinário

Sônia Apolinário é jornalista tendo trabalhado nos principais jornais do país, sempre na área de Cultura. Também beer sommelière, quando o assunto é cerveja e afins, ela se transforma na Lupulinário.
Publicado

As escolhas da Lupulinário para as festas de fim de ano

lupulinário noel 1

Uma mistura de oportunidade (encontrar em Niterói) e preço (que coubesse no meu orçamento) foi o critério das minhas (moderadas) escolhas de cervejas pra lá de especiais para as festas de fim de ano.

Todas eu tinha vontade de experimentar há tempos. Então, foi uma escolha “às cegas”.

Edelvais

É uma Barrel Aged Saison (5,1%) colaborativa entre a cervejaria paulista Dádiva e a suíça Hoppy People. Edelvais é uma flor rara dos Alpes que apresenta uma textura aveludada. Ela serviu de inspiração para a produção da cerveja – não, não teve adição da flor.

A bebida foi maturada por 18 meses em barricas de vinho. O que a Dádiva diz sobre essa cerveja:

“É marcada pela sua complexidade, revelando notas condimentadas e frutadas que se sobressaem no aroma. Toques sutis de madeira estão presentes, assim como a acidez proveniente do processo de acidificação em barris é perceptível. No paladar, a cerveja exibe uma secura equilibrada, acompanhada por um leve toque de dulçor”.

Vai me acompanhar em um tender, vulgo presunto bolinha, com molho de mel, laranja e toque de mostarda (que eu mesma farei!).

Reprodução: Cerva-se

CSU Isabel

É uma Wild Ale (6%) feita com uvas Isabel orgânica colhida em 2022, maturada em barril de grapa (que vem a ser uma aguardente de uva). CSU é como a cervejaria Cozalinda, de Florianópolis (SC), identifica suas Cervejas Selvagens com Uva. Segundo o produtor, trata-se de uma bebida bastante acidificada, com direito a borbulhas.

É minha aposta para acompanhar tábua mista de frios e queijos.

 

Leopoldina Italian Grape Chardonnay

A Leopoldina é a cervejaria da vinícola Casa Valduga. Grape Ale é um estilo de cerveja híbrido originário da Itália: produzido através de um processo cervejeiro, mas que leva adição de uvas viníferas na etapa de fermentação ou de maturação. A fruta pode representar até 40% do total do grist, ou seja, do malte moído usado na brassagem.

A Leopoldina produz Italian Grape Ale com diferentes tipos de uvas. Eu escolhi a Chardonnay só porque é considerada a rainha das uvas brancas, que se adapta bem em diferentes regiões mundo à fora e incorpora fácil o terroir local.

O que a cervejaria diz sobre sua Italian Grape Chardonnay (8,5%):

“Elaborada pelo método tradicional com segunda fermentação na garrafa, é elegante e seca. Com marcantes notas da uva Chardonnay, o estilo base saison se complementa pelas notas frutadas e condimentadas”.

Essa cerveja eu penso harmonizar com uma massa recheada com ragu (molho feito com carne, vinho, legumes e extrato de tomate) que minha filha pretende fazer e que também vou experimentar pela primeira vez.

Observações

Essa comilança será em dias diferentes

Muito das minhas escolhas foi também por gostar muito de Saison, estilo belga que serve de base para duas das três cervejas

Ah, mas se essas cervejas se parecem com vinho, por que não compra logo um vinho? Porque essas cervejas têm uma complexidade que amplia muito as possibilidades de harmonização. Além disso, todas têm teor alcoólico bem mais baixo do que um vinho que gira em torno de 12%. O que é bem conveniente em tempos de muitas festas.

Nada tenho contra os vinhos, mas “por acaso”,  minha bebida preferida é a cerveja.

Boas Festas!

Leia mais: Dicas borbulhantes para brindar nas festas de fim de ano

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