2 de dezembro

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Andrea Ladislau

Andrea Ladislau é graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Tem especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para apoio emocional a pessoas do Brasil inteiro.
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A luta de Pedrinho, comentarista de futebol, contra a depressão profunda

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Presente no mundo inteiro, a depressão é considerada a “doença do século”.

Copa do mundo de 2022 batendo na porta. O universo do futebol se organiza para mais uma competição mundial que mexe com os nervos e emoção de milhares por torcedores espalhados pelo mundo.

Muitas pessoas envolvidas para levar ao público os resultados de todo esse espetáculo. Porém, nesta semana, um dos personagens ligados ao esporte: o comentarista da Rede Globo Pedrinho, ex jogador de futebol, faz um relato dramático expondo sua luta contra a depressão profunda.

O próprio Pedrinho confessa já ter sentido preconceito em relação à doença. Não entendia como uma pessoa milionária, bem sucedida, bem relacionada e famosa, poderia sofrer de depressão.

Aos 45 anos, a ficha caiu e compreendeu que sofria de uma doença da alma. A depressão é uma doença que gera sintomas psíquicos e físicos que alteram o humor e a rotina, como tristeza, pensamentos negativos, desinteresse pela vida, dificuldade de concentração, alteração do apetite, alteração do sono, perda ou ganho de peso, sentimento de culpa, fracasso, entre outros.

Inúmeros sintomas associados que levam o indivíduo a se sentir cada vez mais vulnerável frente às questões emocionais.

Presente no mundo inteiro, ela é considerada a “doença do século”. As causas são diversas, como experiências do passado, pressões da vida contemporânea, fatores fisiológicos, como alterações hormonais e genéticas, e outras.

É preciso que toda a sociedade se conscientize para que os casos de depressão sejam tratados de forma séria e humana e, assim, melhoramos a qualidade de vida das pessoas. O acompanhamento é essencial, para classificar dentro dos níveis que a doença se apresenta.

Ter depressão não é estar tristinho, é estar doente. Quem está depressivo e não consegue sair da cama não é preguiçoso, dorminhoco, nem está fazendo corpo mole, está recluso porque não tem condições de dar conta das atividades do dia a dia.

Pânico, ansiedade e depressão não são frescuras nem chiliques – são quadros clínicos graves que precisam ser tratados. Leve em conta que a depressão é uma doença grave que precisa de tratamento e atenção profissional.

Seu papel, se quiser ajudar alguém com depressão, não é curá-lo, mas apoiá-lo para que consiga superar seu estado.

Temos que estar atentos a alguns sinais importantes: Tristeza tem motivo. A pessoa sabe que está triste. A depressão é uma tristeza profunda e muitas vezes sem conteúdo, sem motivo aparente.

 

Mesmo se algo maravilhoso acontecer ou estiver acontecendo, a pessoa continuará triste. A pessoa triste pode ter sintomas no corpo, como sentir aperto no peito, taquicardia, chorar.

 

A pessoa deprimida tem pensamentos suicidas. Quem está triste costuma ter pensamentos repetitivos sobre a razão da tristeza e também quando deprimida, a pessoa sente, pelo menos, durante duas semanas de uma tristeza profunda e contínua.

 

Enfim, o comentarista Pedrinho se encorajou a estar expondo sua dor. E a melhor forma de prevenir a depressão é cuidando da mente e do corpo, com alimentação saudável, alimentos ricos em nutrientes que conservam a rede de neurônios; atividades físicas regulares; gerenciar o estresse; compartilhar os problemas com amigos ou familiares; ter hobbies; viajar e se divertir.

 

Essas práticas mantém a cabeça ativa e com pensamentos positivos. Cuidar do organismo reflete na saúde mental de forma positiva. Depressão é coisa séria e se não tratada pode levar a consequências irreversíveis.

 

Dra. Andréa Ladislau   /   Psicanalista

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