30 de dezembro

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Na Ucrânia, jovem de Niterói relata momentos de tensão com guerra e tenta voltar

Por Redação
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Gabriele e a família aguardam ajuda da embaixada do Brasil na Ucrânia para deixarem o país
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“A situação está grave mesmo” afirma Gabriele, que vive lá com o marido ucraniano e filhos. Reprodução de rede social

Gabriele Soares, natural de Niterói, e sua família moram em Odessa, cidade litorânea a 472 quilômetro da capital da Ucrânia, e já fizeram duas malas: uma de roupas e outra de mantimentos essenciais, como alimentos enlatados e medicamentos. Tudo para ganhar tempo caso seja necessário deixar a casa em caso de perigo iminente, provocado pela invasão da Rússia à Ucrânia na madrugada desta quinta-feira (24).

Em sua rede social, a jovem niteroiense narra a situação de sua família. Ela, o marido e os dois filhos aguardam a liberação da embaixada brasileira para saírem do país em guerra e voltarem para casa.

“A situação está grave mesmo. A gente já arrumou as malas, tem comida enlatada, sopa em pó… coisas pra se levar, qualquer coisa, e a gente está organizando tudo para conseguir sair”, relata Gabriele em vídeo.

Em contato com a embaixada do Brasil na Ucrânia, Gabriele foi informada do esforço para enviar os brasileiros que estão no país em guerra de volta para casa. Casada com um ucraniano, ela espera que o marido possa acompanhá-la.

Gabriele e o marido ucraniano, com quem é casada há 5 anos. Eles se encontram em Kiev, e aguardam o resgate. Arquivo pessoal.

“Vão organizar um avião pra tirar os brasileiros daqui. Eu perguntei se meu marido pode ir. Acho que vai dar tudo certo.”

Já os pets da família não poderão viajar, e eles deverão ficar provisoriamente com a família do marido de Gabriele:

“Eu perguntei sobre meu cachorro e os gatos, mas não vai ser possível levá-los agora, então a solução vai ser deixar com meu sogro aqui, que vai continuar na Ucrânia, e depois a gente vai tentar pegar eles”.

Itamaraty: há 500 brasileiros na Ucrânia

Em nota divulgada na manhã desta quinta-feira, o Itamaraty informou que há cerca de 500 brasileiros na Ucrânia, e que coordena uma operação de resgate. Porém, o espaço aéreo do país foi fechado para voos civis desde a madrugada, quando começou o bombardeio russo, e ainda não há data para a operação de resgate dos brasileiros. A situação é grave, e a orientação da embaixada do Brasil em Kiev é que os brasileiros tentem sair pela fronteira para países vizinhos.

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