26 de dezembro

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Silvia Fonseca

Silvia Fonseca é jornalista e trabalhou por 30 anos no jornal O GLOBO, onde foi Editora Executiva. Tem pós em Gestão de Redação, tem uma consultoria em soluções de mídia e é sócia fundadora do A Seguir: Niterói. Nasceu em Minas, mas mora em Niterói há 32 anos.
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Costeando o alambrado

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Quaquá (o segundo da esquerda para a direita) e Rodrigo Neves (o quarto) no encontro em Maricá. Foto reprodução da internet
Setores do PT do Rio ainda resistem ao palanque único para Lula aqui no estado, especialmente se nele estiver o deputado Marcelo Freixo (PSB). Candidato ao Planalto, o ex-presidente já deixou clara sua preferência pela candidatura de Freixo a governador, até porque costura a aliança com o PSB no país todo, mas a escolha não é unânime no PT fluminense. Na hora certa, quando abril chegar,  o PT vai fazer o que Lula mandar, mas pelo andar da carruagem poderá haver dissidências, ainda que não assumidas.
Um retrato disso é a foto que Washington Quaquá, vice-presidente nacional do PT e ex-prefeito de Maricá,  postou  em suas redes sociais nesta sexta-feira (4/2). Ele aparece ao lado do ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT), pré-candidato a governador pelo PDT e, portanto, adversário de Freixo na disputa pelo Laranjeiras. Neves já foi do PT e tem ligações históricas com petistas no estado.
Não bastasse tornar público o encontro, Quaquá  escreveu que  uma chapa com Rodrigo Neves e Felipe Santa Cruz, que tem  o apoio do prefeito Eduardo Paes (PSD), “é a que mais amplia para Lula”.
“Com meu filho e vice-prefeito Diego Zeidan, o vereador de Maricá Hadesh, e a secretária estadual de Juventude do PT, Yeza. Com o prefeito Rodrigo Neves, pré-candidato a governador do RJ, discutindo o palanque do Lula no Rio de Janeiro. Movimentos amplos para que Lula isole Bolsonaro e a direita e amplie o máximo da esquerda ao centro. A aliança Rodrigo-Felipe-Eduardo Paes é a que mais amplia pro Lula”, escreveu Quaquá em sua rede social, após o encontro em Maricá.
Lula está em intensas negociações com o PSB e também com o PSD de Paes. Mas o PDT de Rodrigo Neves não entra nessas conversas enquanto o partido mantiver a pré-candidatura do ex-ministro Ciro Gomes à Presidência.
Há no PDT, porém, muita gente incomodada com o fato de Ciro ter estacionado nas pesquisas, num desidratado quarto lugar e sem sinais de reação. Inclusive há pressão para que Ciro desista.
Como diria Tancredo, as nuvens estão se mexendo muito e o tempo ainda vai mudar.

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