Em casa, tendo que trabalhar e acompanhar as aulas on-line do filho. Assim começou a pandemia para a professora Fernanda Rocha, moradora da Região Oceânica de Niterói. Seu filho, Artur, tem 6 anos e é apaixonado por animais, assim como ela. Ele já vinha pedindo para ter um bichinho. Na pandemia, tão logo surgiu a oportunidade, ela adotou.
– O início da quarentena foi bem difícil para todos aqui em casa, devido à adaptação à nova rotina. Pensando em como proporcionar alegria ao nosso filho, concordamos que um animalzinho de estimação seria uma ótima opção e faria companhia a ele. O amor entre os dois foi imediato! Artur a batizou de Penélope. Este mês ela completa 6 meses. Chegou aqui com 2 meses de vida – conta Fernanda.
Até o marido, que nunca havia tido um animal de estimação, está encantado.
– Eu já tive uma gata anteriormente, por 18 anos, então ensino um pouco ao meu filho sobre o comportamento do felino, sobre as brincadeiras e como cuidar. Os dois são super companheiros! Artur aprende a ter responsabilidades e, principalmente, que os animais precisam de carinho e respeito.
O número de adoções no período da pandemia aumentou em Niterói, mas, com a flexibilização, estagnou novamente. Rosimar Lessa, presidente da Associação Casa do Cão e Gato, instituição com trabalho 100% voluntário e totalmente custeado com doações, com sede no Morro do Castro, destaca que as adoções aumentaram no período de isolamento maior na pandemia (entre março e julho), e até cachorros adultos foram adotados, o que é muito difícil. Ela explica que o primeiro contato é sempre pelas redes sociais e que, a seguir, a pessoa é direcionada a uma voluntária responsável pelas adoções.
– A alegação no início da pandemia era que, por estar mais em casa, conseguiriam realizar a adaptação melhor por ter mais tempo e, além disso, os filhos em casa sem os amigos e a escola começaram a pedir uma companhia, além dos idosos também, pois a maioria passa muito tempo sozinho – conta.