18 de maio

Niterói por niterói

Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Publicado

EDITORIAL: O A Seguir completa 5 anos e Niterói é a melhor manchete

Por Luiz Claudio Latgé
| aseguirniteroi@gmail.com

COMPARTILHE

Portal criado por jornalistas durante a pandemia cumpre papel de falar sobre a cidade, com isenção e independência, de forma construtiva
Vista disputada na pista de pouso do Parque da Cidade. Foto: Amanda Ares
A imagem do Parque da Ciidade ilustrou muitas vezes as páginas do A Seguir. É onde a cidade se vê, e reconhece. Foto: arquivo

Era um momento de emergência. Em maio de 2020, quando a Covid era declarada pela ONU uma pandemia, Niterói foi uma das primeiras cidades brasileiras a decretar o lockdown, o fechamento de várias atividades, medidas de restrição à movimentação nas ruas para o enfrentamento da doença que mataria 15 milhões de pessoas no planeta. A medida de certa forma empurrava o mundo para a incerteza. O que iria acontecer? Como nos proteger? Onde encontrar socorro?

Niterói registra  mortes por Covid-19:  2020

A situação cobrava informações de qualidade e responsáveis, num momento em que o governo brasileiro minimizava a doença. A crise da economia  e  a crise dada mídia haviam enfraquecido o jornalismo local. Muitas das publicações de Niterói haviam fechado as portas ou perderam recursos, e mesmo a sua independência. As mídias do Rio não mais cobriam a cidade. Como saber como se mover na cidade, a incidência da doença nos bairros,  o que funcionava e o que estava isolado?

Foi neste contexto, que surgiu o A Seguir Niterói, por iniciativa de um grupo de jornalistas profissionais, como experiência em veículos nacionais de comunicação, de O Globo, TV Globo, da Folha de São Paulo e do Estadão, moradores da cidade. Um projeto que nascia sem plano comercial, mas com CEP 24.000 e forte compromisso com a cidade:  o de garantir acesso a informações de forma responsável e independente.

E não foram só jornalistas, mas profissionais de diversas áreas, médicos, professores, administradores, leitores, que contribuíram de forma generosa  para a construção do noticiário, sem outra expectativa senão responder ao momento da cidade. Desta forma, o A Seguir Niterói foi capaz de encontrar especialistas para mapear a doença na cidade, debateu medidas, comparou experiências, desmentiu notícias faltas, se baseou na ciência e na cidadania para cumprir a tarefa de informar e contribuir com a recuperação da cidade.

Ninguém esperava que a pandemia durasse tanto. E à medida em que a cidade reabria, com a proteção da vacina e dos serviços médicos e hospitalares, o A Seguir Niterói acompanhou a retomada das atividades, no comércio, na construção… E as mudanças geradas pela experiência dramática da pandemia, a cidade buscando encontrar atividades – trabalho e lazer perto de casa -, o aumento do home office, o crescimento dos serviços de entrega, a valorização da cultura e do entretenimento, a (re)descoberta de nossas paisagens e atrações.

O A Seguir Niterói acompanhou cada um destes momentos. Muitas vezes com olhar crítico. Questionou o aumento dos gabaritos, a construção de prédios na Cantareira, os palcos que desabavam no Natal, os funcionários-fantasma da Emusa, entre outros problemas, por mais que algumas vezes possa ter desagradado governos, empresas e autoridades. Apontou o fraco  desempenho da Educação, numa cidade com orçamento favorecido pelos royalties do petróleo. Cobriu sistematicamente os problemas de transportes, os engarrafamentos, a crise do serviço das barcas e do catamarã, a deterioração do atendimento dos  ônibus…

Novela sobre as barcas ganha mais um capítulo. 2022

Debate sobre Plano Diretor preservou estação Cantareira

Árvores ao chão: 2023, 2024

O A Seguir Niterói não cumpriria a função social de um jornal se não exercesse esta independência. A adesão bajulatória apenas engana, esconde erros; não constrói, não contribui para tornar a vida melhor. Por isso, o jornal cobriu cada uma das eleições com profissionalismo e isenção, em meio à polarização generalizada, na convicção de a informação é a melhor contribuição que um jornal pode dar para a população definir seu destino.

Campanha eleitoral em Niterói. Foto: Gustavo Stephan

Mas o A Seguir Niterói também foi capaz de ver e reconhecer os avanços produzidos, o resgate do patrimônio da cidade, como o Mercado Municipal, os projetos ambientais, o Parque de Piratininga, as ciclovias, a ocupação cultural de algumas comunidades, o saneamento e a proteção das encostas, a recuperação da auto estima do morador. Cobriu o Censo com rara profundidade, quando boa parte da imprensa renuncia à sua capacidade de análise, procurando conhecer Niterói em todas as suas particularidades e idiossincrasias. A cidade que envelhece, a cidade que briga por sua qualidade de vida, a cidade que não se rende ao apelo fácil dos vendedores de promessas. E soube aplaudir os shows na praia e cada por do Sol.

Mercado resgatado depois de 40 anos, 2023

Ney Matogrosso, em São Francisco, 2024

Parque Orla Piratininga: 2024

O A Seguir Niterói é um jornal da cidade, jornalismo comprometido com a cidade e feito por moradores da cidade. Completa 5 anos e se orgulha de parecer com Niterói. Esperamos, com a ajuda dos que pensam e querem bem à cidade,  poder prestar um bom serviço  para Niterói e cumprir o nosso papel de informar.

Os editores

 

COMPARTILHE