18 de janeiro

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Primeira exposição da reabertura do museu apresenta a trajetória de Antônio Parreiras para o público

Por Sônia Apolinário
| aseguirniteroi@gmail.com

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Formada por 27 obras, a exposição “Antônio Parreiras: memórias e histórias” tem como fio condutor uma autobiografia publicada em 1926
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Uma das salas da exposição é dedicada à trilogia “Terra Natal”, Foto: reprodução Museu Antônio Parreiras

Contar a trajetória do pintor Antônio Parreiras (1860 – 1937) por intermédio de 27 das suas obras. É isso o que se propõe a exposição “Antônio Parreiras: memórias e histórias”, inaugurada junto com a reabertura do museu, na última quinta-feira (17).

Leia mais: Museu Antônio Parreiras de portas abertas em Niterói

Desenhos e pinturas, de diferentes tamanhos, fazem parte da mostra. Todas as obras fazem parte do acervo do museu. Com curadoria de Dora Silveira, a montagem foi baseada na autobiografia do artista “História de um pintor contada por ele mesmo”, publicada originalmente em 1926, com edições posteriores em 1936 e 1987.

O “próprio” Antônio Parreiras recebe os visitantes, na forma de um quadro que exibe seu retrato, pintado por Numa Camille Ayrinhac em 1907.

“Nasceste, cresceste e homem te fizeste em meu atelier…”

Alguns desenhos são quase que fotográficos na exposição da rotina de trabalho do artista, evidenciando seus interesses e predileções. Parreiras dedicou o livro ao seu filho, o pintor Dakir Parreira (Niterói, 1896-1967), com quem teve grande ligação afetiva e profissional.

Natureza

A natureza marca muita presença na exposição, principalmente, em quadros de grandes dimensões como “A tarde”, de 1887. Ou “Terra Natal”, de 1923, parte de um conjunto de três obras que retratam uma mesma região em diferentes ângulos e horários.

“Terra Natal”.

“Eis enfim de volta. A primavera passou. Passou o verão e o outono passou. Chegou o inverno. O chão está juncado de folhas secas… Acolhe-me, oh, minha terra natal” – é o que se lê à frente da trilogia da Natureza. Nesse trecho, a mostra quer evidenciar que, apesar de viajar constantemente por vários lugares do mundo, Parreiras sempre voltava, de bom grado, para sua casa, em Niterói.

O artista também retratou várias paisagens marinhas. Uma delas é o quadro preferido da diretora do museu, Fátima Marotta, em toda a exposição.

A diretora do museu, Fátima Marotta Henriques, ao lado do seu quadro preferido da exposição. Foto: Sônia Apolinário

 

Com a ajuda de um QR code, é possível ouvir Antônio Parreiras narrar trechos do seu livro, relacionados, de alguma forma, com a obra em questão. Na verdade, a voz que o visitante escuta é de dois tataranetos do artista.

 

A exposição pode ser visitada até 13 de abril, de quarta a domingo, das 12h às 17h. O Museu Antônio Parreiras fica na Rua Tiradentes, 47, no Ingá.

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