A Ambev reportou nesta quinta-feira, 31 de outubro, lucro líquido de R$ 3,566 bilhões no terceiro trimestre de 2024. O valor, porém, representa uma queda de 11,2% na comparação com o mesmo período de 2023 (R$ 4.038,9 milhões).
Foram as marcas da chamada linha premiu – Corona, Spaten, Budweiser e Original – que alavancaram as vendas, com aumento de volume acima de 20%, contra 10% de outras marcas, no trimestre. Esses rótulos estão desbancando as tradicionais Brahma e Antarctica na preferência do consumidor, apesar desses últimos estarem longe de terem sido abandonadas por eles.
“O Brasil continuou a liderar o caminho”, afirmou a gigante cervejeira em seu comunicado, que segue: “Foi o 14º trimestre consecutivo em que o crescimento das nossas marcas premium/super premium superou o desempenho do volume total. Nossas marcas core caíram um dígito baixo, com Brahma e Antarctica apresentando crescimento de volume de um dígito alto cada uma. Além disso, os indicadores de saúde de marca continuaram a melhorar (com desempenho recorde para Corona, Spaten, Budweiser e Original), o que deve apoiar o momentum daqui para frente”.
A empresa tinha que estar satisfeita com o Brasil. Afinal, por aqui, o volume consumido cresceu 1,3%, enquanto na América Central e Caribe caiu 0,5%. Ainda assim, “fez beicinho”. Atribuiu a queda do lucro líquido em relação ao ano passado ao “aumento das despesas com imposto de renda no Brasil”. Fato é que, segundo a própria empresa, o volume total consolidado de venda diminuiu 0,6%, com 45,062 milhões de hectolitros.
Atualmente, o fluxo de caixa das atividades operacionais da Ambev está em R$ 8.108,4 milhões, o que representa um aumento de 2,3% em comparação aos R$ 7.923,0 milhões do mesmo período, no ano passado.
No seu informe, a companhia comunicou que o Conselho de Administração aprovou um programa de recompra de ações até o limite R$ 2 bilhões. Esse “shopping” de ações será feito ao longo de 18 meses.
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