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“Um sofrimento”, é como passageiros das barcas Rio-Niterói costumam definir o transporte, desde que a concessionária do serviço, a CCR Barcas, reduziu a operação das lanchas, que partem em intervalos de meia hora, no horário do rush, e de uma hora no restante do dia, provocando a superlotação das embarcações. Além da longa espera, o serviço gera o medo de contágio de Covid, diante da aglomeração de passageiros e longa permanência nas estações.
O conjunto das “barcas”, que compreende as ligações entre Rio, Niterói, Ilha do Governador e Paquetá, hoje movimenta apenas 18 mil passageiros por dia, contra uma média diária de 75 mil, antes da pandemia. A operação do catamarã de Charitas está suspensa há um ano e meio. A estação está fechada e todo o comércio foi desmobilizado, bares, cafeterias, lojas, jornaleiro, está tudo com cadeado.
Demora e risco
A travessia marítima começou a perder passageiros em 2016, com a reurbanização da Praça XV, que tirou os ônibus do “mergulhão” e obrigou os passageiros a uma longa caminhada até o ponto, tornando a viagem mais demorada. O volume de passageiros antes disso chegava a 125 mil. Caiu para 95 mil. Até chegar aos 75 mil, antes da pandemia. Mesmo com a retomada das atividades, o movimento nunca voltou ao normal e hoje se resume a 18 mil passageiros dia.
O movimento de passageiros entre Rio e Niterói é de 16 mil por dia, e 2 mil, nas linhas da Ilha do Governador e de Paquetá, todas com tarifa de R$ 6,90. As barcas, com capacidade para 1.300 ou até 2 mil passageiros, trafegam com uma ocupação máxima de 54% dos lugares nos horários de pico. Diante deste cenário, o Governo do Estado do Rio autorizou a redução dos horários de travessia: de 5 h 30 às 9 h, no rush da manhã, e das 16 às 18 h, no pico da tarde, as barcas têm saída a cada 30 minutos. No restante do dia, de hora em hora. Resultado, as estações estão sempre lotadas.
Com o volume atual de passageiros, os técnicos consideram inviável dividir a operação de Niterói entre as duas linhas, no Centro e em Charitas. Daí a decisão de concentrar as operações apenas na Praça Arariboia, de maior movimento, e que atende também a população de São Gonçalo.
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