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Sujou. Denúncia de compra de votos leva Polícia Federal a investigar campanha de Jordy em Niterói

Por redação
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Prisão de cabos eleitorais com meio mihão de reais e distribuição de dinheiro para motoPrisão de
polícia federal crime eleitoral
O dinheiro apreendido pela PF: R$ 500 mil para a compraa de votos. Foto: PF

A Polícia Federal investiga um esquema de compra de votos em Niterói, depois da prisão de dois homens, esta semana, em Icaraí,  num carro com adesivos do DER, portando armas e carregando  R$ 500 mil. Na operação, teriam sido encontrados também folhetos da campanha do deputado bolsonarista Carlos Jordy.

Mas não é a única denúncia em curso. Motociclistas da cidade, especialmente aqueles que atuam em serviços de entrega, são abordados para adesivar as motos com material de propaganda de Jordy. O A Seguir chegou a documentar esta operação ao longo da campanha. Mas a ação  ganhou força no segundo turno, com o pagamento de R$ 250. Não se trata, porém, de uma ação de propaganda apenas, como pagar para quem agita bandeiras nas ruas. Os cabos eleitorais anotam os dados de quem aceita o dinheiro com a promessa de que, em caso de vitória do candidato, serão pagos mais R$ 250, o que caracteriza a irregularidade e se enquadra como tentativa de compra de voto.

No primeiro turno, o ex-prefeito Rodrigo Neves teve 48, 47% dos votos, contra 35,59% de Jordy. Logo após o resultado do TRE, Neves recebeu o apoio daa candidata do PSOL, Talíria Petrone, que teve 12,65% dos votos. Na primeira pesquisa, realizada pelo instituto Gerp assumiu a liderança com 61% dos votos válidos. Jordy, por sua vez, recebeu o apoio do prefeito de São Gonçalo, e desde então conta com cabos eleitorais e funcionários do  município vizinho, que vem de van para atuar na campanha.

Nos bastidores da campanha, Rodrigo Neves tem se queixado da truculência da campanha do adversário, que teria mobilizado milicianos para impedir o acesso de sua campanha em algumas comunidades.

Jordy, que depois do resultado do primeiro turno, resolveu se apresentar de forma mais propositiva – e se queixou de ser chamado de bolsonarista pelos jornalistas -, nesta reta final desistiu do figurino de bom moço e pode ser visto no alto de um carro de som vociferando acusações contra Neves e o prefeito Axel Grael. No último dia da campanha, é difícil saber o que vai fazer mais barulho na cidade: os carros de som ou as sirenes da Polícia Federal na ação contra compra de voto.

Neste sábado, último dia de campanha, o PDT apresentou uma nova denúncia de abuso eleitoral contra Jordy, por conta da distribuição gratuita de uma tiragem extra do jornal O Fluminense, com reportagens favoráveis ao bolsonarista e críticas contra o ex-prefeito. A tiragem extra usada como panfleto de campanha, deixada na porta de residências ou no parabrisa dos carros, burla a contabilidade e as regras eleitorais.

 

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