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Em função da falta de chuvas, o sistema Imunana-Laranjal já opera com uma redução de 10% da sua capacidade, informo a Cedae.
“Em razão da estiagem prolongada que afeta o Estado do Rio de Janeiro, o abastecimento está comprometido em alguns sistemas produtores e em cidades onde a Companhia também faz a distribuição de água”, afirmou a Cedae, por intermédio de nota.
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De acordo com a empresa que opera o sistema, “o abastecimento poderá oscilar” para os municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá (Inoã e Itaipuaçu) e Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro. Ao todo, o sistema Imunana-Laranjal abastece 2 milhões de pessoas. A concessionária Águas de Niterói, que atende o município, já está cientes da situação, segundo informou a Cedae.
A concessionária que opera o sistema Imunana-Laranjal explicou que a ausência de chuvas diminuiu a disponibilidade hídrica dos mananciais utilizados para captação e tratamento de água. O nível do rio Macacu, por exemplo, está 16% abaixo da média registrada, neste período, nos últimos três ano. Ele, ao lado do rio Guapiaçu, são os responsáveis pelo abastecimento de água de Niterói.
A captação é feita no Canal de Imunana, formado pelos rios Macacu e Guapiaçu, localizado no município de Guapimirim. Para que o sistema opere de forma plena, segundo a Cedae, é preciso que o regime de chuvas na bacia do manancial se normalize. Após a captação, o Canal de Imunana leva a água até a elevatória de água bruta através de um canal no município de Guapimirim. A água é então bombeada até a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Laranjal.
A ETA do Laranjal fica no município de São Gonçalo. Ela é na verdade um complexo de produção e fornecimento de água potável constituído de três estações interligadas. Com o sistema operando normalmente, sua vazão é de 7 mil litros por segundo. Isso equivale a duas piscinas olímpicas e mais uma semi-olímpica, por segundo. Após o tratamento, a água é bombeada pela Elevatória de Água Tratada para o Reservatório Amendoeira, com capacidade de armazenamento de 5 mil metros cúbicos.
“Existe a expectativa de melhoria com a intensificação das obras de desassoreamento do Canal de Imunana e instalação de bombas abaixo da Barragem do Rio Macacu para aumentar o volume disponível para tratamento, que devem trazer mais estabilidade ao sistema”, informou a Cedae, ainda em nota.
Pelo mesmo problema passam as represas do Sistema Acari (Tinguá, Xerém, Rio D’Ouro, São Pedro e Mantiquira), que abastecem parte da Baixada Fluminense, “que enfrentam estiagem histórica”, como informou a Cedae.
Para o A Seguir, nesta terça-feira (17), a Águas de Niterói informou que o abastecimento da cidade continua normal e a distribuição de água não foi afetada pelo período de seca, até o momento.
“A concessionária está auxiliando a CEDAE na dragagem do Canal de Imunana. Águas de Niterói segue acompanhando em tempo real a evolução da situação por meio do Centro de Controle Operacional (CCO) e da atuação no Grupo de Trabalho com Secretaria Estadual de Meio Ambiente e CEDAE”, afirmou a concessionária por intermédio de nota.
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