25 de novembro

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Morro das Andorinhas em chamas

Por Sônia Apolinário
| aseguirniteroi@gmail.com

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O quartel do Corpo de Bombeiros, em Itaipu foi acionado às 18h desta quarta-feira (11); incêndio está perto de casas de moradores do bairro
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O incêndio no Morro das Andorinhas começou por volta das 18h. Foto: reprodução Bar do Jorginho

Em meio a um período sem chuvas e no dia em que termômetros de rua em Niterói registraram temperaturas de até 38 graus, um incêndio tomou conta do topo do Morro das Andorinhas, em Itaipu.

O quartel do Corpo de Bombeiros, no bairro, foi acionado às 18h, desta quarta-feira (11).

O fogo começou na trilha, tendo como referência a rua da Amizade.

– Estamos pedindo socorro. O fogo está chegando muito perto de várias casas de moradores daqui em Itaipu. Socorro – disse, muito nervosa, Rosane Bellas, sócia do Bar do Jorginho, em vídeo onde registrou imagens do incêndio.

Às 20h30, o plantão do Corpo de Bombeiros informou que por volta das 20h, o quartel do Corpo de Bombeiros de Charitas se juntou ao de Itaipu na tentativa de conter o incêndio no Morro das Andotinhas.

Pelo estado

Relógio de rua em São Francisco registrou 38 graus na manhã desta quarta-feira (11). Foto: leitor

Dados do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) apontam que bombeiros atuaram em 7.417 focos de janeiro a agosto de 2023. Neste ano, no mesmo período, o número de incêndios quase dobrou, totalizando 13.595 ocorrências. Do início do ano, até o momento, os bombeiros registraram 6.178 ocorrências.

Niterói é um dos municípios que integram o ranking dos mais afetados por incêndios em florestas, seguido por Maricá, Nova Iguaçu, Araruama, Nova Friburgo, Campos dos Goytacazes e Volta Redonda.

No topo do ranking estão Rio de Janeiro (4.513 casos), São Gonçalo (569) e Duque de Caxias (561).

Desde o início de 2024, o monitoramento por satélite realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou 760 focos de queimadas no estado do Rio de Janeiro. É o maior número de ocorrências já registrado em um único ano desde 2017, quando houve 959 registros. Essa marca pode ainda ser superada, já que setembro e outubro são meses com uma grande média histórica de incêndios florestais, segundo o Corpo de Bombeiros.

Neste mês de setembro, o Inpe já identificou, até o momento, 55 incêndios florestais dentro do estado.

Os incêndios estão se propagando por conta do longo período de estiagem pelo qual o país está passando. Porém, apesar do clima seco deixar áreas de mata mais suscetíveis a queimadas, a origem delas muitas vezes é criminosa.

– Em 95% dos incêndios no Rio de Janeiro a causa é o ser humano, ou acidental ou proposital. É fundamental lembrar que o balão é um dos vilões – afirmou o porta-voz do Corpo de Bombeiros, major Fábio ao programa Bom dia Rio.

A falta de chuvas também fez  a  Cedae emitir um alerta para possível falta de água em Niterói. Isso porque  a ausência de chuvas está causado redução na disponibilidade hídrica dos mananciais do sistema Imunana-Laranjal, em Guapimirim, utilizados para captação e tratamento de água que abastece o município.

Qualidade do ar

Em algumas cidades do interior do estado do Rio de Janeiro, paisagens encobertas por fumaças estão impressionando moradores. Isso ocorreu, por exemplo, na região serrana, onde estão municípios como Petrópolis e Teresópolis. O último boletim do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), divulgado às 17h de segunda-feira (9), sugere uma melhora. “A tendência é de dispersão dos poluentes nas próximas 24 horas”, registra o documento.

Conforme o boletim, 28 das 57 estações espalhadas pelos municípios fluminenses registraram qualidade do ar boa. Em outras 26, a situação é moderada e em três, é ruim.

As piores condições foram registradas na estação Manguinhos, na capital do estado; na estação Casa da Lua, em Resende (RJ); e na estação Engenheiro Pedreira, em Japeri (RJ). Nesses locais, a qualidade do ar foi classificada como ruim. Nessa situação, toda a população está sujeita a apresentar um conjunto de sintomas como tosse seca, cansaço e ardor nos olhos, nariz e garganta. Crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias ou cardiológicas podem ser mais afetadas.

Em cenários de clima seco e de incidência de fumaça na atmosfera, as recomendações do Ministério da Saúde são para o aumento da ingestão de água e líquidos, para um maior tempo de permanência em casa, se possível, com ar-condicionado ou purificadores de ar e para a suspensão das atividades físicas ao ar livre sobretudo entre 12h e 16h, quando as concentrações de ozônio são mais intensas.

O uso de máscaras do tipo cirúrgica, pano, lenços ou bandanas para diminuir a exposição às partículas grossas também é indicado, especialmente para populações que residem próximas às áreas de focos de queimadas.

 

 

Com Agência Brasil

 

 

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