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Andrea Ladislau

Andrea Ladislau é graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Tem especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para apoio emocional a pessoas do Brasil inteiro.
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 Causas emocionais da psoríase

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Doenças psicodermatológicas como a psoríase mostram que a nossa mente reflete velhos padrões emocionais.

Você sabia que manifestações emocionais podem provocar ou mesmo agravar a psoríase? Sim. As doenças na pele sempre nos farão pensar neste órgão como o sinalizador de conflitos internos com externos, pois a pele é o símbolo que define esse limite.

 

Neste sentido, cabe um olhar reflexivo sobre a psoríase, uma doença crônica e inflamatória da pele, mediada pelo sistema imune e que produz lesões em placas ou pápulas e que descamam, além de dor e prurido que, frequentemente, acompanham as lesões, ocorridas principalmente nos cotovelos, joelhos e couro cabeludo.

 

A psicanálise e a psicologia nos dizem que, o que não é resolvido mentalmente pode afetar o corpo físico. Um dos principais motivos que podem desencadear doenças físicas é o quanto o indivíduo está vulnerável e desprotegido.

 

As emoções estão no corpo! É uma energia de movimento que está em seus órgãos e vísceras. Então, se a pele é o maior órgão do corpo humano e as emoções estão no corpo, uma doença de pele como a Psoríase, é sim gerada por um conflito emocional.

 

Ou seja, estresse ou tristeza afetam o seu sistema imunológico e, consequentemente, sua pele, responde em doenças ou alergias. Psiquicamente falando, a psoríase pode surgir após algum trauma com uma perda real ou imaginada de algo ou alguém, como: figura materna, paterna, cuidadores, amigos, cônjuges, emprego, etc).

 

Esta perda ou carência afetiva é sentida inconscientemente como rejeição ou abandono e surgem sentimentos de humilhação e vergonha. O sentimento de abandono relacionado a pele que agora está com vasodilatação e infiltração inflamatória dá ao indivíduo a sensação de ferida em “carne viva”, “esfolado” pela rejeição.

 

E as constantes “trocas de pele” simbolizam a intenção de troca de identidade, tendo a fantasia do surgimento de outra melhor, cheia de afeto e cuidado.

 

E o que dizer do aspecto da pele ferida? No emocional do paciente, ela é a expressão do desejo da eterna procura por mudanças. Porém, sem sucesso, a pele está sempre a descamar, aumentando o sentimento de rejeição e a necessidade de se isolar para se proteger do contato traumático e dos olhares de repúdio e julgamento do outro.

 

O paciente vive numa tentativa de cobrir aparências, por pura proteção. Um verdadeiro conflito psíquico que pode desencadear depressão, ansiedade ou outras condições psiquiátricas, piorando ainda mais o quadro dermatológico, que só atenua com a associação de um acompanhamento psicoterápico que vai além das questões psicológicas inerentes à doença.

 

Na vivência terapêutica é preciso provocar cuidados emocionais que melhorem o quadro e auxilie na busca por um prognóstico mais promissor.

 

Enfim, doenças psicodermatológicas como a psoríase mostram que a nossa mente reflete velhos padrões emocionais que, em desequilíbrio, passam a gerar algum tipo de sofrimento.

Por isso, todas as doenças são originadas pelas emoções e sentimentos em desequilíbrio. Situações mal resolvidas, emoções em deficiência ou excesso, resistência às mudanças ou padrões limitantes de comportamento, precisam do autoconhecimento e da busca por reversão dos danos.

 

Se você está alimentando muitos sentimentos negativos em relação à sua vida, talvez seja a hora de fazer uma revisão antes que o corpo se manifeste por meio de doenças. A negatividade não pode dominar o ritmo de vida do indivíduo. Por isso, produza mais produtividade e aprenda a compreender seu vazio, seus medos e suas faltas. Desta maneira fica mais fácil controlar os sentimentos.

 

Dra. Andréa Ladislau / Psicanalista

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