COMPARTILHE
No último dia 2, um carro bateu contra um poste na Avenida Feliciano Sodré, no Centro de Niterói. A colisão acabou por afetar outro poste. Com fios de alta tensão espalhados pelas vias, o Corpo de Bombeiros interditou o local, o que acarretou um nó no trânsito da cidade, na maior parte do dia.
Esse caso foi apenas um exemplo de uma situação constatada pela Enel. De acordo com a concessionária de energia elétrica, Niterói é recordista em batidas contra postes. No primeiro semestre, foram 36 ocorrências que acabaram por deixar 88,5 mil endereços sem energia elétrica, o que coloca a região no pódio das mais afetadas por este tipo de ocorrência, em todo o estado.
Leia mais: Tarifa Social de Energia Elétrica: saiba se você tem direito
O volume de clientes afetados na região de Niterói, que engloba as cidades de Niterói e Maricá, é, segundo a empresa, o maior entre todas as regiões atendidas pela Enel Rio. Atrás de Niterói, aparecem as regiões dos Lagos e Campos.
Somente entre a última quinta-feira (1º) e domingo (4), quase 500 clientes ficaram sem luz por causa de quatro acidentes que exigiram a substituição de postes em Niterói (Avenida Feliciano Sodré, no Centro, e Estrada Viçoso Jardim, no Cubango) e em Maricá (Rua 102, no bairro Cordeirinho, e Avenida Carlos Mariguela, em Inoã).
Ao todo, nos 66 municípios atendidos pela empresa no Estado, a Enel registrou 252 colisões contra postes da rede elétrica, no primeiro semestre – uma média de mais de uma batida em postes por dia.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o aumento foi de 9% no número de acidentes, que impactaram mais de 343 mil clientes da empresa, que tiveram o serviço afetado. No mesmo período de 2023, a distribuidora registrou 231 colisões, com 251 mil clientes afetados.
Responsável por Operação e Manutenção da Enel Distribuição Rio, Fábio Damasceno informou que esse tipo de ocorrência costuma se concentrar próximo dos finais de semana, entre sexta e segunda-feira. Segundo ele, um poste derrubado pode significar horas de trabalho das equipes de manutenção, que precisam não apenas substituir a estrutura, mas reconstruir todo o trecho da rede elétrica danificada.
– A empresa possui tecnologias de operação remota da rede para reduzir ao máximo o número de clientes sem energia quando um poste da empresa é atingido pelos veículos. No entanto, este tipo de ocorrência causa grandes estragos, deixando parte dos consumidores sem energia até que a rede seja reconstruída. Em alguns casos mais complexos, é necessário aguardar a liberação da perícia para iniciarmos os trabalhos, o que pode aumentar o tempo de atuação. Além do risco à vida e do impacto da falta de energia a diversos clientes, é importante destacar que a empresa repassa todo o custo de reposição de estruturas e cabos a quem provocou o dano ao bem público – afirmou Damasceno.
A partir do registro da placa do veículo e de fotos do incidente, os custos operacionais gerados, incluindo desde o primeiro atendimento até a substituição ou reparo do poste e/ou da rede elétrica, são registrados pela empresa, que realiza a cobrança junto ao proprietário do veículo.
COMPARTILHE