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Ex-jogador Gerson mostra que é craque também no campo social em Niterói

Por Redação
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O eterno Canhotinha de Ouro relembrou seus tempos de comerciante em palestra na CDL onde falou também sobre seu projeto social
ex-jogador gerson
O tricampeão mundial pela Seleção Brasileira contou sobre a criação do Instituto Canhotinha de Ouro. Foto: Divulgação

Quando se fala em Gerson Nunes, a associação com futebol é imediata. Afinal, poucos jogadores têm no currículo o título de tricampeão mundial pela Seleção Brasileira. Porém, há um lado que quase ninguém se lembra: o Canhotinha de Ouro já foi um comerciante, em Niterói, sua cidade natal.

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Aos 83 anos, ele relembrou um pouco dessa sua época de empresário em palestra realizada na terça-feira (9), na sede da Câmara dos Dirigentes Logistas (CDL), no Centro da cidade.

Criado em Icaraí, o jogador, que iniciou na carreira no Clube Canto do Rio, foi dono de uma loja de esportes, no Centro, e outra de motos, em São Francisco. Gerson contou que precisou vender tudo em 1998, após o falecimento do sogro, que era com quem administrava os negócios. Foi quando, então, partiu para a criação de outro empreendimento, mas no campo social: o Instituto Canhotinha de Ouro.

Há 26 anos, o projeto social do ex-jogador ajuda crianças e adolescentes em vulnerabilidade social a crescerem por meio do esporte e a ampliarem suas perspectivas de futuro. O único pré-requisito para participar da escola de futebol é estar matriculado em uma rede pública de ensino. Atualmente, possui 1.300 alunos. Segundo Gerson, até agora, já beneficiou cerca de 50 mil crianças.

– Foi difícil começar. Era complicado naquela época. Eu via a necessidade de atuar com as crianças na periferia e não só na Zona sul. Eu queria pegar essa molecada toda que não estuda e dar o melhor de mim – contou –  Nós temos muitos obstáculos, mas a cada criança que conseguimos melhorar o futuro é mais uma motivação para continuar.

Atualmente, o projeto possui 10 núcleos espalhados por diferentes bairros de Niterói e conta com o apoio de aproximadamente 50 empresas parceiras que colaboram abrindo as portas para iniciativas solidárias ajudando também a manter a entidade que não possui fins lucrativos. Além disso, o programa social também acolhe jovens com o Transtorno Espectro Autista (TEA) e deficiências. O projeto também oferece bolsas universitárias na faculdade Cândido Mendes para os jovens da escola de futebol, além de tratamento médico e odontológico às crianças.

Gerson aproveitou a oportunidade para pedir auxílio do empresariado presente no evento para que dessem oportunidades em seus negócios aos alunos que ingressam na faculdade e “precisam iniciar a vida profissional, especialmente aos que convivem em proximidade ao tráfico de drogas e o crime organizado, onde as portas estão sempre abertas”.

O ex-jogador se emocionou e emocionou a todos quando disse o que gostaria de fazer, caso pudesse voltar no tempo:

– Se eu pudesse ser jovem de novo e voltar no tempo, me apaixonaria para me casar novamente com a mesma mulher, ter as mesmas filhas e realizaria todos estes projetos tudo de novo. Valeu demais vivenciar e relembrar.

 

 

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