22 de novembro

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Niterói registra aumento de nascimentos, na contramão do Brasil

Por Sônia Apolinário
| aseguirniteroi@gmail.com

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Entre 2022 e 2023, Niterói registrou aumento de 0,3% de nascimentos, contra queda de 3,5% na média nacional
nascimento
Em 2023, nasceram  9.555 pessoas na cidade. – Foto: Pxhere

Em Niterói, no último ano, ocorreram menos mortes e mais de nascimentos. De acordo com a Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais do Estado do Rio de Janeiro (Arpen/RJ), entre 2022 e 2023, Niterói registrou uma queda de 11% no número de mortes, passando de 5981 para 5321 óbitos.

Já os nascimentos aumentaram em 0,3%. Em 2023, nasceram  9555 pessoas na cidade, o que significa um aumento de 29 indivíduos em relação a 2023. Na balança, o saldo populacional final para Niterói foi positivo em 4.234.

O Censo 2022 do IBGE detectou que a população da cidade que era de 487.562 moradores em 2010, passou para 481.758 moradores – 5.804 menos que na pesquisa anterior, uma redução de 1,19%, invertendo pela primeira vez a curva de crescimento populacional da cidade. Uma parte da queda é explicada pela mudança de moradores para outras cidades. Maricá, por exemplo, teve o crescimento mais expressivo do estado do Rio.

Quando se fala de nascimentos, o município mais uma vez foi na contramão do registrado no país, em período próximo. A pesquisa Estatísticas do Registro Civil feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) detectou que o Brasil registrou 2,54 milhões de nascimentos em 2022, uma queda de 3,5% na comparação com 2021, chegando ao menor patamar desde 1977 – a série histórica foi iniciada em 1974.

Niterói também “andou na contramão” em relação ao país ao registrar queda no número de casamentos e divórcios.

Já em relação ao número de mortos, o município segue a tendência nacional. Segundo a pesquisa do IBGE, o país registrou 1,50 milhão de óbitos em 2022, número 15,8% menor em comparação com 2021.

Nascimentos

Em 2018, o Brasil havia registrado 2,89 milhões de nascimentos. Em comparação com a média dos cinco anos anteriores à pandemia de COVID-19 (2015 a 2019), há uma diminuição de 326,18 mil nascimentos, ou 11,4%.

– A redução da natalidade e da fecundidade no país, já sinalizada pelos últimos Censos Demográficos, somada, em alguma medida, aos efeitos da pandemia, são elementos a serem considerados no estudo sobre a evolução dos nascimentos ocorridos no Brasil nos últimos anos – explica a gerente da pesquisa, Klívia Brayner.

Na análise dos registros de nascimentos ocorridos em 2022, de acordo com a idade das mães, a pesquisa do IBGE confirma a tendência de mulheres tendo filhos mais tarde, embora a predominância ainda seja na faixa de 20 a 29 anos (49,2%). Entretanto, em 2010, esse percentual era de 53,1%. A tendência de queda na faixa de menos de 20 anos também se manteve: o percentual, que era de 18,5% em 2010, foi para 13,2% em 2021 e caiu para 12,1% em 2022.

Óbitos

De acordo com a pesquisa do IBGE, janeiro de 2022 foi o único período com aumento de mortes em relação ao mesmo mês de 2021: o número de óbitos cresceu 10,7%, chegando a 161,18 mil, marcando o quinto maior da série após o início da pandemia (março de 2020), ficando atrás apenas dos meses de março a junho de 2021.

– De fato, o início de 2022 foi marcado pela terceira onda de COVID-19 no Brasil, provocada pela variante Ômicron, além de uma epidemia de Influenza A, também responsável pelo aumento das mortes entre idosos no período. Apesar da redução das mortes por COVID-19 em um contexto de aumento da cobertura da população vacinada, o vírus seguia bastante letal ainda no primeiro semestre do ano de 2022  – observa a gerente da pesquisa.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) em relação à Covid em maio de 2023.

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