25 de novembro

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Contaminação da água de Niterói vira caso de polícia

Por Redação
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Investigação usou barcos, helicópteros e drones na tentativa de localizar vazamento de tolueno nos rios que abastecem a cidade
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Técnico do Inea coleta amostra de água para investigar contaminação do Sistema Imunana-Laranjal. Foto: André Pamplona/Governo do Estado do Rio de Janeiro

O governo do estado do Rio montou uma verdadeira blitz com o uso de carros, barcos, drones e helicópteros para localizar o local do despejo do poluente, que apresenta graves riscos para a saúde.

Leia mais: Governo encontra fonte de contaminação e abastecimento de água de Niterói pode ser retomado

Sem água

Os níveis de tolueno chegaram a 59 micrograma/l, na quarta-feira (4), muito acima do limite tolerado. O produto foi detectado antes que a água entrasse no sistema Imunana-Laranjal, que abastece Niterói. Mas, diante do risco, o fornecimento de água para Niterói foi suspenso. Nesta quinta-feira, o governo do estado informou que “o nível do contaminante baixou um pouco”, sem revelar o valor da medição; mas mesmo assim ainda estaria acima do permitido.

O tolueno é um hidrocarboneto aromático, inflamável, incolor, volátil, de odor característico. É altamente danoso à saúde se ingerido ou inalado. A substância é produzida na fabricação de gasolina.  É comumente utilizado como matéria-prima de solventes orgânicos em colas e tintas, além de estar presente na borracha; colas e adesivos para ajudar a secar, dissolver e diluir outras substâncias; diluentes de tinta; limpadores de pincéis, esmaltes; removedores de manchas.

“Para garantir a segurança das pessoas, o sistema só será reaberto quando a água estiver totalmente adequada para consumo humano”, diz o informe do governo do estado do Rio.

Blitz contra vazamento

Ainda de acordo com a nota do governo do estado, técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), estão percorrendo as margens dos rios Guapiaçu e Macacu, com o uso de helicópteros, drones e uma embarcação, para identificar a origem do vazamento de tolueno.

O rio Guapiaçu é o principal afluente do rio Macacu. Suas nascentes ficam na Serra do Mar entre Nova Friburgo e Cachoeiras de Macacu, a maior parte no distrito de Subaio, município de Cachoeiras de Macacu. No passado, já foi um rio navegável. O volume de água é pequeno, próximo à nascente, que fica na Serra dos Órgãos. Suas águas costumam ser claras e cristalinas.

O rio Macacu é o principal rio que desagua na Baía de Guanabara, no estado do Rio de Janeiro. Nasce na Serra do Mar, próximo ao Pico da Caledônia, com a junção de dois outros rios chamados Apolinário e Jacutinga. Já foi navegável no passado, tendo sido uma importante via de povoamento da região de Cachoeiras de Macacu.

Investigação policial

O caso da contaminação no manancial de captação de água do sistema Imunana-Laranjal foi registrado na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), da Polícia Civil, que, segundo a nota do governo do estado, mantém equipe no local de captação de água para colher informações.

O Sistema Imunana-Laranjal é composto pelo Canal de Imunana, que capta e leva a água dos rios Guapiaçu e Macacu até a elevatória de água bruta através de um canal no município de Guapimirim. A água é então bombeada até a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Laranjal.

Além de Niterói, esse sistema abastece São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá (Inoã e Itaipuaçu) e a Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, em um total de dois milhões de pessoas.

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