23 de novembro

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Niterói compra Terminal Pesqueiro do Barreto

Por redação
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Terminal foi inaugurado há 15 anos pelo governo federal e nunca funcionou; plano é ter entreposto para carga e descarga
Prefeito Axel Grael participa de Assinatura de Aquisição do Polo Pesqueiro 06
Indústria da pesca pode crescer no estado com operação do novo terminal. Foto: divulgação
A conversa foi longa, mas finalmente, a prefeitura de Niterói asssume o controle do Terminal Pesqueiro do Barreto,  que foi inaugurado há cerca de 15 anos pelo Governo Federal e nunca chegou a funcionar. O Município adquiriu nesta quinta-feira (11) o terreno que pertencia a PortosRio, empresa pública federal que atua como Autoridade Portuária responsável pela gestão dos portos públicos do estado do Rio. A infraestrutura do terminal já tinha sido cedida ao Município pelo Ministério da Pesca e Agricultura.
O imóvel será revitalizado através de uma Parceria Público Privada (PPP), entre o Município e a iniciativa privada, e será transformado em um entreposto que segue modelos internacionais, para atuar como local de carga e descarga, além de comércio atacadista e realização de serviços da frota pesqueira. O novo terminal vai atender a Indústria da Pesca de todo o estado e colocar a cidade entre as principais cidades do País em captura, exportação e distribuição em grande escala de pescado industrial.

A atividade pesqueira é a segunda maior geradora de renda do agronegócio no estado do Rio, atrás apenas da bovinocultura de corte e de leite. Dados do Sindicato dos Armadores de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Saperj) sobre a pesca extrativa marinha do Brasil mostram que Niterói está em segundo lugar na atividade no país, atrás apenas de Itajaí, em Santa Catarina.  A cidade já é líder no estado com produção média anual de 31.400 toneladas, seguida por Angra dos Reis com 31 toneladas e Cabo Frio com 17.250. No entanto, boa parte do produto acaba sendo comercializada em outros estados por conta da falta de um espaço que tenha todas as condições para o desenvolvimento da atividade desde sua pesagem à distribuição.Atualmente, no Rio de Janeiro, são cerca de 140 barcos de pesca industrial filiados ao Saperj com mil pescadores embarcados. A região de mar aberto próxima a Niterói é considerada uma das melhores do país, já que produz pescados nobres como robalo.
Atualmente, os locais de desembarque pesqueiro de Niterói e São Gonçalo são provisórios e não comportam a demanda, desde a desativação, em 1992, do Terminal Pesqueiro da Praça XV. O principal cais de desembarque da Baía de Guanabara funciona de maneira insuficiente na Ilha da Conceição, fazendo com que grande parte da frota fluminense desembarque em outros estados ou municípios como Cabo Frio, Angra dos Reis e Itajaí, em Santa Catarina.

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