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O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) confirmou o diagnóstico de Febre Oropouche em um paciente do Rio de Janeiro com histórico de viagem para Manaus. É o primeiro caso da doença diagnosticado no estado.
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Após registrar 1.674 casos da Febre Oropouche neste ano, o governo do Amazonas reconheceu o surto da doença no estado. A arbovirose tem sintomas semelhantes aos da dengue, como dor de cabeça, muscular, nas articulações, entre outros.
A Febre Oropouche é transmitida principalmente por um mosquito conhecido popularmente como “maruim” ou “meruim”, que é 20 vezes menor que o Aedes aegypti, responsável por transmitir a dengue.
A confirmação laboratorial do caso no Rio de Janeiro foi realizada pelo Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos, que atua como Laboratório de Referência Regional para Arbovírus junto ao Ministério da Saúde (MS). O achado foi informado às autoridades de Saúde, de acordo com os trâmites oficiais.
Com sintomas semelhantes a um caso de dengue, o paciente foi atendido pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), que enviou amostras de soro para análise pelo Laboratório de Referência. Uma vez que os testes para dengue, chikungunya e zika tiveram resultado negativo, foram realizadas análises para febre oropouche, seguindo o protocolo implantado no Laboratório.O diagnóstico foi confirmado pelo exame sorológico, que identifica anticorpos para a doença.
A Febre Oropouche é causada pelo Orthobunyavirus oropoucheense (Orov). O vírus foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960. Desde então, é detectado principalmente nos estados da região amazônica. O vírus é transmitido por mosquitos e pode circular em ambientes silvestres e urbanos.
No ciclo silvestre, animais como bichos-preguiça e macacos são infectados. Já no ciclo urbano, os seres humanos são os mais infectados. O mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é apontado como principal transmissor da febre oropouche tanto nas áreas silvestres como nas áreas urbanas.
Nas áreas urbanas, o mosquito Culex quinquefasciatus, popularmente chamado de pernilongo ou muriçoca, também pode transmitir o vírus ocasionalmente.
Fonte: Agência Fiocruz
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