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O fotógrafo Gustavo Stephan nasceu em Minas. Veio morar em Niterói ainda menino, aos seis anos. Chegou na cidade pouco antes da Ponte Rio-Niterói ser inaugurada. Nas suas recordações, ela sempre fez parte da paisagem. E do seu dia a dia. Lembra que pouco depois da inauguração, a família levou um susto, na travessia, quando o carro em que viajavam teve um pneu furado e rodopiou na pista. Por sorte, ninguém se machucou.
– Tenho muitas outras histórias com a ponte. Engarrafamentos em ótimas companhias, expectativa para viagens e momentos de tédio total. A Ponte preenche o nosso imaginário, nos leva a outras estradas e aeroportos, nos aproxima da Cidade Maravilhosa, além de nos trazer de volta ao aconchego de Niterói – reflete Gustavo.
A Ponte sempre fez parte do dia dia de Gustavo, que sempre trabalhou no Rio, boa parte do tempo no jornal O Globo. Diz que ao longo do tempo construiu uma relação de amor e ódio por ” essa jovem senhora que tem nome de homem, Ponte Presidente Costa e Silva. Mas como num longo casamento que completa 50 anos, reuniu suas melhores lembranças, através das imagens que capturou da ponte, pelos mais diversos ângulos e olhares.
– Fica aqui a minha homenagem nesse pequeno ensaio fotográfico -, diz Gustavo.
Nos registros sensíveis de Gustavo Stephan, a Ponte aparece sob as mais diversas cores, vestida pela luz que colore o Rio de Janeiro. Seus amanheceres e o pôr do sol.
Amanhecer na Ponte Rio Niterói. A Ponte aparece vista de cima, de perto, de longe. Como vemos, sem querer, nas andanças do dia.
A Ponte majestosa vista ao nível do mar, de dentro de um navio, como uma destas improváveis obras do engenho do homem.
A pista que recebe 150 mil carros por dia num movimento frenético da metrópole, ainda assim pode ser bucólica, emoldurando os barcos de pesca e o ninho das garças.
A pequena canoa de madeira contrasta com a concretude imponente da ponte.
Tempestade à vista. Será que vai fechar a ponte?
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