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Niterói recebeu R$ 962.401.773,78 referentes ao pagamento de royalties do petróleo em 2023, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A conta totalizou R$ 53,6 bilhões em todo o país, cerca de 9,2% a menos que no ano anterior, em função da queda dos preços internacionais. A arrecadação da cidade só fica atrás da receita de Maricá, Saquarema e Macaé.
A abertura de novos poços, o desgaste dos poços mais antigos, vem apresentando mudanças na arrecadação dos municípios. Na conta dos royalties, os estados levaram R$ 14,37 bilhões, enquanto os municípios receberam R$ 18,15 bilhões. O Rio de Janeiro, por exemplo, perdeu posições, no ranking das cidades mais bem pagas em royalties, com R$ 306 milhões.
O cálculo dos royalties é feito a partir da projeção de linhas desenhadas a partir dos poços de produção em relação ao litoral. O estado do Rio concentra mais de 83,36% da produção brasileira, pela exploração do Pré-Sal. Maricá está numa posição privilegiada em relação às áreas de exploração e em um extenso litoral, o que vale ao município a maior arrecadação: R$ 2.408.774.084,07. Só esta receita é maior que o orçamento de 90 das 92 cidades do estado.
A abertura de novos poços fez Araruama e Cabo Frio avançarem no ranking nacional. O pagamento de royalties para Araruama aumentou de R$ 290 milhões para R$ 427 milhões. Niterói manteve sua posição.
Para os próximos meses, a expectativa é em relação a possibilidade de exploração da bacia da Foz do Amazonas, que voltou a atrair o interesse das petroleiras após descobertas de reservas com bilhões de barris de petróleo na Guiana. No entanto, o Ibama negou a licença ambiental.
Em relação aos preços, os analistas consideram que o mercado já se equilibrou com o cenário da guerra entre a Rússia e a Ucrânia e não deve haver oscilações de preço e produção.
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