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Exposição no MAC Niterói questiona sexualização da mulher brasileira

Por Redação
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“Ah, Eu Amo As Mulheres Brasileiras!” reúne 34 obras de artistas mulheres de todo o país. Mostra fica em cartaz até 25 de fevereiro
exposição mulheres mac
A exposição tem obras em vários suportes como litogravura, fotografia e instalações. Foto: Divulgação

Instalações, fotografias, esculturas, vídeos e litogravuras são os suportes usados para as obras da exposição coletiva “Ah, Eu Amo As Mulheres Brasileiras!”, em cartaz no Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC) até 25 de fevereiro.

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A mostra reúne 34 obras de artistas mulheres de todo o país.

– A ideia é discutir a sexualização da mulher brasileira. Não necessariamente chegar a uma conclusão, mas começar a falar sobre isso. Embora a gente saiba que, hoje, tudo está globalizado e a internet dá acesso à arte e a essa discussão, é importante levá-la para o mundo real, afirma a curadora Luiza Testa.

Segundo ela, existe uma tradição que coloca o corpo feminino sexualizado como fonte de inspiração, “algo mencionado inclusive pelo próprio arquiteto que projetou o prédio do MAC, Oscar Niemeyer, e isso não deixa de ser uma forma de objetificação”.

A exposição é dividia em quatro núcleos. O primeiro, “De Iracema a Garota de Ipanema”, traz a origem do estereótipo da mulher brasileira sensual, remontando, entre outras referências, ao processo de colonização que, sob o pretexto de civilizar, desumanizou mulheres indígenas, classificando-as como hipersexualizadas e selvagens. Neste núcleo, estarão reunidas obras de Arissana Pataxó, Camila D’anunziata, Lenora de Barros, Mari Nagem, Marta Neves e Nara Guichon. É também neste primeiro núcleo que será abordada a relação com a natureza e a tradição masculina de equalizar a mulher à paisagem, uma grave objetificação.

Em seguida, o núcleo “Violências e violações” traz para o cerne da discussão as diferentes violências que as mulheres brasileiras estão submetidas, desde a colonização, passando pelo brutal período de escravidão, quando as africanas e suas descendentes foram – e são – vítimas dessa violência, de forma particular.  Participam deste núcleo Berna Reale, Camilla D’anunziata, Gabi Beneditta, Juliana Manara, Marta Neves, Micaela Cyrino, Santarosa Barreto e Yacunã Tuxá.

O terceiro segmento é “Novas estéticas em construção”, que traz uma perspectiva de renovação, com um olhar atento sobre as possibilidades. Constam obras de Brenda Nicole, Dalila Coelho, Milena Paulina, Santarosa Barreto e Vitória Cribb.

Encerrando a exposição, o núcleo “Afeto e transgressão” transmite a ideia de afetividade como ferramenta de resistência e almeja um novo cenário com políticas públicas e de contenção à violência. Participam obras de Arissana Pataxó, Juliana Manara, Lenora de Barros, Manuela Navas, Raquel Pater, Terroristas del Amor e Yacunã Tuxá.

Serviço

“Ah, Eu Amo As Mulheres Brasileiras!”
Visitação: até 25 de fevereiro, das 10h às 17h30 (Terça a Domingo)
Classificação: Livre
Ingressos: R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia-entrada) diretamente na bilheteria do museu (somente pagamento em dinheiro) ou online pelo site Sympla (pagamento via cartão de crédito, PIX ou boleto – este disponível apenas para compras com pelo menos 7 dias de antecedência).

Local: Salão Principal MAC Niterói: Mirante da Boa Viagem, s/nº – Boa Viagem – Niterói

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