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Não dá para dizer que a cidade voltou ao normal, depois de um fim de semana prolongado e acidentado: ainda falta luz em alguns bairros da cidade, como Charitas, São Francisco, Pendotiba, Centro e Fonseca, já passadas 60 horas da ventania que derrubou o palco das comemorações dos 450 anos na Praia de Icaraí e deixou boa parte de Niterói às escuras. O terminal rodoviário das barcas não tinha energia, atrapalhando a vida de milhares de pessoas. Nota da Prefeitura estimava que na segunda-feira havia 31 mil endereços sem luz.
Nesta terça-feira (21), comerciantes ainda contabilizam os prejuízos com a queda de energia, que fechou lojas, bares e restaurantes. Nos últimos dias, os relatos de perdas se multiplicaram nas redes sociais. Equipamentos queimados, comida apodrecendo, falta de previsão para o restabelecimento da energia. O Clube dos Diretores Lojistas protestou contra a Enel, a prefeitura acionou a empresa, a Justiça deu prazo (já vencido) para a recuperação da rede elétrica. Famílias viveram o drama de ter que buscar abrigo para parentes com necessidades médicas, que dependiam de equipamentos que não funcionavam. E ainda não acabou.
Protestos se repetiram em vários bairros da cidade no domingo e na segunda-feira. Foto: reprodução redes sociais
O último informe da Enel foi divulgado na noite de domingo. Informava que 84% do fornecimento estava normalizado, na área de concessão da empresa, que inclui mais de 50 municípios no estado do Rio. A nota informava que as cidades mais afetadas foram Niterói, São Gonçalo, Maricá, Saquarema e Petrópolis, mas não dava detalhes sobre a situação específica nestas cidades. A falta de luz gerou protestos no domingo em vários bairros de Niterói, como Charitas, Fonseca e no Ponto Cem-réis.
Na noite de Segunda-feira, o prefeito de Niterói, Axel Grael, esteve reunido com a diretoria da Enel para cobrar providências para o restabelecimento emergencial de energia elétrica nos locais afetados em Niterói. A Prefeitura de Niterói acionou a Enel na Justiça na tarde de ontem e cobrou uma logística para que a empresa restabeleça o mais rápido possível o fornecimento de energia em toda a cidade.
Os representantes da Enel pediram 48h para atender 100% das 31 mil unidades que estão sem energia e se comprometeram a apresentar um plano operacional detalhado nesta terça-feira (21).
O prefeito não aceitou o prazo de 48h, cobrou que o serviço seja restabelecido imediatamente e ofereceu apoio logístico da Prefeitura para agilizar o trabalho. O chefe do Executivo cobrou ainda uma posição da concessionária em relação aos prejuízos que moradores e comerciantes estão tendo, como a perda de alimentos, por exemplo. Axel afirmou também que vai comunicar os fatos à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
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