COMPARTILHE
A variante Delta da Covid já é predominante no mundo. De acordo com o novo relatório epidemiológico da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), divulgado neste domingo (8), a cepa, de maior transmissibilidade, já representa quase 90% das amostras do vírus sequenciadas no mundo. No Rio, a variante é responsável por 45% dos casos de Covid. Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) revelam que de acordo com o levantamento do estado, que inclui casos em Niterói, a presença da Delta passou de 16% para 26% em apenas um mês.
Devido ao rápido avanço da Delta dentro e fora das Américas, a organização recomenda que os países revisem seus planos e se preparem para um eventual aumento de casos e de internações por Covid-19, incluindo necessidade de terapia intensiva com suporte, como hemodiálise. A Opas orienta que os países intensifiquem a vigilância genômica e assegurem a publicação do sequenciamento genético na plataforma internacional Gisaid, que compila dados genômicos.
De acordo com reportagem publicada na “Folha de S. Paulo” nesta segunda-feira (9), em nível global, é possível observar em vários países o aumento do número de casos e de hospitalizações, com a emergência da variante Delta, incluindo os com alta cobertura vacinal. A Delta representa uma transmissibilidade ainda maior do que foi observado para outras variantes da Covid-19. Um estudo, ainda sem revisão por pares, indica que ela gera uma carga viral 1.260 vezes maior do que a cepa original.
A variante Delta tem alguns sintomas diferentes da variante original, sendo mais próxima de uma gripe. Os cinco sintomas mais comuns são:
Ainda segundo a relatório da Opas, um outro estudo recente no Reino Unido estimou que o risco de internação hospitalar por Covid-19 é o dobro naqueles indivíduos infectados pela Delta (quando comparado com a alfa). Os pacientes mais vulneráveis são os com cinco ou mais comorbidades.
De acordo com a Opas, a redução na efetividade das vacinas em relação à variante Delta pode ocorrer principalmente nas pessoas que receberam apenas a primeira dose do imunizante. A proteção contra a Delta só é desenvolvida após 15 dias da aplicação da segunda dose das vacinas em uso hoje no Brasil. Isso explica a urgência do avanço do calendário da vacinação e a possibilidade de antecipação da segunda dose em alguns municípios.
COMPARTILHE